O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, manteve a prisão de João Vitor da Silva Sousa, conhecido como “Madruga”, apontado como um “gerente” da facção criminosa “Comando Vermelho". Em decisão publicada nesta segunda-feira (28), “Madruga” alegou que possui “condições pessoais favoráveis”, além da prisão não ter sido “proporcional” às suspeitas que responde no processo.

Na análise do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, entretanto, há indícios suficientes da atuação de “Madruga” na facção “Comando Vermelho” que justificam a prisão contra o suposto faccionado. “Sabe-se que é pacífico na jurisprudência dos tribunais superiores o entendimento de que a prisão cautelar é medida que se justifica em casos como o em tela, uma vez que se presta a dificultar e/ou interromper as ações das organizações criminosas, especialmente das facções como o Comando Vermelho, as quais se voltam, sobretudo, ao monopólio do tráfico de drogas e se utilizam de toda sorte de crimes violentos – ameaças, torturas, homicídios, extorsões – para a consecução de seus objetivos espúrios”, analisou o magistrado.

Segundo revelou as investigações, a quadrilha de “Madruga” utilizava uma tabacaria e uma construtora para lavar dinheiro do tráfico de drogas. Ao menos R$ 368,6 mil foram movimentados pela organização criminosa. “Da análise dos extratos bancários de HL Construtora e Dubai Tabacaria II, vislumbrou-se diversas transferências via PIX dos representados, indivíduos conhecidos das forças policiais pela traficância e outros crimes graves”, diz a denúncia.

O núcleo do Comando Vermelho de “Madruga” seria de Confresa (1.167 Km de Cuiabá).