Cidades

Sexta-Feira, 26 de Julho de 2024, 07h20

ESCÂNDALO DOS MAQUINÁRIOS

Justiça não acha testemunhas em ação que tramita há 14 anos em MT

Esquema teria acontecido na gestão de Blairo Maggi

LEONARDO HEITOR

Da Redação

 

O juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá, agendou para o dia 4 de setembro uma nova audiência em uma ação de improbidade administrativa que apura um suposto rombo de R$ 44 milhões, no caso que ficou conhecido como “Escândalo dos Maquinários”. O magistrado acatou um pedido da defesa de um dos réus, já que uma testemunha dele não havia sido encontrada.

Respondem ao processo de improbidade administrativa o ex-secretário de Administração do Estado, Geraldo de Vitto, o espólio do ex-secretário de Infraestrutura do Estado, Vilceu Francisco Marchetti e as empresas Dimak Máquinas Rodoviárias Ltda, Cotril Máquinas e Equipamentos Ltda, Tork Sul e a Tecnoeste Máquinas e Equipamentos Ltda. O caso começou a ser investigado após o então governador Blairo Maggi receber, em fevereiro de 2010, uma denúncia de suposto superfaturamento na aquisição dos maquinários.

Na época, ele solicitou que a Auditoria-Geral do Estado apurasse os fatos. Logo depois, a auditoria apontou um rombo de R$ 44 milhões. No relatório final, ficou comprovado que R$ 20,5 milhões estão relacionados a sobrepreço na compra dos maquinários e que R$ 23,8 milhões foram superfaturados, somente na compra dos 376 caminhões basculantes.

Uma primeira audiência foi realizada em maio deste ano, no Fórum de Cuiabá, mas o ex-secretário de Administração, o advogado Geraldo de Vitto, não compareceu, pois na data da oitiva, as testemunhas dele não haviam sido localizadas. Ele solicitava a designação de nova data para continuação da audiência de instrução, haja vista que ainda não houve localização da última testemunha de acusação.

A defesa de Geraldo de Vitto apontava que não haveria prejuízos para a apuração dos fatos o comparecimento das testemunhas arroladas pelo ex-secretário. Na decisão, o magistrado apontou que cabe ao advogado do réu informar ou intimar a testemunha por ele, e que a não realização significa a desistência do mesmo.

No entanto, como o Ministério Público de Mato Grosso não localizou uma de suas testemunhas, não há nenhum prejuízo em permitir que os nomes apontados pela defesa do ex-secretário sejam ouvidos. “Desta feita, defiro o pedido acostado, o que faço para oportunizar a oitiva das testemunhas arroladas pelo requerido Geraldo Aparecido de Vitto Junior. Considerando a necessária oitiva das testemunhas restantes, designo audiência para o dia 04.09.2024, a ser realizada na forma presencial na sala de audiências do Gabinete I da Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá (Fórum da Capital, Conjunto C, Sala 17-C)”, diz a decisão.

Comentários (6)

  • Walter |  26/07/2024 13:01:59

    Ainda precisa de TESTEMUNHA? onde está o tal ministério público? e, achará alguém de coragem para tal?? Conversa... Esse caso já morreu anos atrás

  • Derysi Cuneat |  26/07/2024 10:10:54

    No Brasil, o crime compensa. Esta foi a conclusão a que chegou o cientista político Guaracy Mingardi, depois de 20 anos de estudo sobre o crime no país. Para ele, o que importa para mudar essa mentalidade não é o aumento de pena, mas sim a certeza da punição, coisa que não acontece na terra brasilis.

  • Lud |  26/07/2024 10:10:52

    O rei de prescrição de processos de corrupção feitas por políticos, empresários de renome chama-se TJ de MT.

  • deloi pedon |  26/07/2024 10:10:03

    Manda oficiais de justiça procurar nos cemitérios que vá encontrar as lápides

  • TODOS |  26/07/2024 10:10:02

    DAQUI A POUCO SO MANDA ARQUIVAR PORQUE PRESCREVEU

  • kv |  26/07/2024 08:08:41

    Pqp, essa justi$$$a fede

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