Terça-Feira, 30 de Janeiro de 2018, 11h15
Médicos param e cobram 4 salários atrasados em Alta Floresta
Pollyana Araújo
G1-MT
Sem receber salário há quatro meses, médicos do Hospital Regional de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, paralisaram as atividades nessa segunda-feira (29). Por causa da paralisação dos profissionais, as cirurgias eletivas foram suspensas. Estão sendo atendidos apenas casos de urgência e emergência.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que está aguardando o repasse da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) para efetuar o pagamento.
O diretor do hospital José Marcos Santos da Silva afirmou que os médicos estão sem receber desde outubro.
Enquanto responsável pela unidade, ele disse ter encaminhado à Secretaria de Saúde todos os dados necessários para o processamento dos pagamentos, mas que os salários não caíram nas contas dos profissionais.
"Mandamos tudo para a Secretaria Estadual de Saúde, porque no hospital não entra o dinheiro, só a gestão dos serviços. O governo deve depositar direto na conta dos prestadores de serviços", explicou.
Segundo ele, os 60 médicos que atuam no hospital são contratados por cinco empresas terceirizadas. Somadas, as quatro folhas em atraso totalizam cerca de R$ 5 milhões.
O hospital realiza, em média, 250 procedimentos cirúrgicos por mês.
São atendidos na unidade pacientes de seis municípios da região. Conforme o diretor, os pacientes que estavam com cirurgias foram avisadas da desmarcação por causa da paralisação.
"Todos os pacientes foram informados da suspensão das cirurgias eletivas", disse.
'Humilhante'
O atraso nos salários dos médicos de Alta Floresta não é novidade. Em março do ano passado, quando também estavam com quatro salários atrasados, nove médicos do Hospital Regional fizeram uma carta descrevendo os problemas da unidade e reclamando das consequências dos atrasos na vida deles, pois não conseguem pagar sequer as contas pessoais.
À época, o documento, que classificou a situação dos profissionais como 'humilhante', foi entregue à direção do hospital.
"A falta de dignidade e a dificuldade financeira, em adimplir simples compromissos como contas pessoais de água, energia, aluguel e de alimentação, faz com que gere insatisfação com a atual situação, é simplesmente humilhante trabalhar e não receber", diz trecho da carta.
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