Cidades

Quarta-Feira, 31 de Julho de 2024, 11h04

DENÚNCIA GRAVE

MPF investiga se gigante do agro contaminou terra indígena com agrotóxicos em MT

Procedimento investigativo acompanha renovação de licença da Bom Futuro

BRENDA CLOSS

Da Redação

 

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da procuradora Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani, instaurou um procedimento administrativo (PA) para acompanhar a renovação da licença de operação da empresa Bom Futuro Agrícola Ltda, após a suspeita do uso excessivo de agrotóxicos impactar na saúde da população da Terra Indígena (TI) Tirecatinga, situada no município de Sapezal (560 km de Cuiabá). A portaria foi assinada na última sexta-feira (26).

A Bom Futuro tem como acionista o bilionário da soja Eraí Maggi Scheffer, um dos principais nomes do agronegócio brasileiro. A procuradora levou em consideração um inquérito civil encaminhado pelo Juízo da Vara do Trabalho de Campo Novo do Parecis solicitando que seja apurado se a população está sendo prejudicada pelo uso extensivo de agrotóxicos.

Conforme o documento, diante de diversas diligências foi constatada a impossibilidade material de confirmação dos danos investigados e da inviabilidade, até mesmo de se indicar a existência de indícios mínimos capazes de justificar uma demanda judicial, foi realizado o arquivamento do inquérito.

No entanto, no ato de homologação do arquivamento, foi sugerida a instauração de um procedimento administrativo para para acompanhar a renovação da licença de operação da empresa que vence no próximo dia 9 de setembro. Como compete ao MPF a defesa dos direitos e interesses das populações indígenas e demais comunidades tradicionais, o órgão resolveu instaurar o procedimento.

"Resolve, com base nos artigos 8º e 9º, ambos da Resolução n. 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, instaurar, por meio da presente portaria, procedimento administrativo, com prazo de um ano, tendo como objeto acompanhar a renovação da Licença de Operação - LO, com validade até 08.09.2024, da empresa Bom Futuro Agrícola Ltda", determinou a procuradora Vanessa Zago Scarmagnani.

Comentários (7)

  • Isaias Miranda - jesus meu tesouro ! |  31/07/2024 20:08:18

    Dois pesos e uma medida. Quando os índios tacam fogo ninguém fala nada. Mato Grosso campeão do Agro. O fim está próximo. Deus é fiel!

  • Luis Claudio  |  31/07/2024 14:02:36

    Conforme a própria matéria relata, foi uma investigação. Uma suspeita que não se confirmou. Não tiveram base pra afirmar.O que existe no meio Rural são interesses contrários a atividade. Muita gente desinformada, sem conhecimento que deveriam buscar entendimento.

  • lobo |  31/07/2024 14:02:06

    joão, vc é um jumento mesmo, vai comer capim então, que é natural e não tem agrotóxico.....

  • Nilson Ribeiro  |  31/07/2024 12:12:28

    CONVERSA PRA BOI DORMIR. TODO MUNDO SABE QUE ISSO NÃO VAI DAR EM NADA. ISSO SE O ESTADO NÃO TER QUE PAGAR UMA "indenização".

  • Saulo |  31/07/2024 12:12:28

    Deixa o cara Trabalhar pra aumentar o PIB de MT e dar emprego a centenas de pessoas, quem devasta a TI são os próprios índios, além de não produzirem nada.

  • João  |  31/07/2024 12:12:26

    Verdadeira orcrim do agro (tóxico). O agro não é pop, não é tec e não é gente. Promovem intoxicação desenfreada da população.

  • Arievilo |  02/08/2024 07:07:20

    Os indígenas que deveriam ser os verdadeiros beneficiados por qualquer uso de suas terras, não recebem qualquer royalties. Nos EUA, que tem erros históricos com os indígenas norte americanos, pagam todo e qualquer benefício, diretamente às comunidades indígenas, e não há miséria, pelo contrário, usufruem uma vida plena e digna. Aqui, neste desgoverno, os índios tem que mendigar, com dificuldades até pra se alimentar. Não à toa, há recordes de mortes de indígenas no país, restando deste jeito, somente demandas judiciais pra tentar se levar algum dinheiro aos coitados. Ha método nisso.

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