Quarta-Feira, 09 de Agosto de 2023, 21h41
CRISE EDUCACIONAL
"Não estão mais querendo ser professores", diz ministro
TV CENTRO AMÉRICA
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta quarta-feira (9), em Cuiabá, que está preocupado com a formação inicial dos professores, o que afeta a qualidade de ensino e o desempenho dos estudantes.
A fala ocorreu em uma cerimônia de posse da nova diretoria do Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), na capital. O encontro discute os principais desafios para a educação na próxima década.
Segundo o ministro, os cursos de pedagogia são na grande maioria, em EAD, o que diminuiu a nota no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), no final de 2022. “As pessoas não estão mais querendo ser professores. Estamos bastante preocupados com a qualidade do ensino de formação inicial de professores, a nota do Enade, em todos os 16 cursos avaliados, foi abaixo de 5 na escala de 0 a 10. A maioria das aulas de pedagogia é em EAD, então nós precisamos reverter a qualidade do ensino", afirmou.
O ministro ainda disse que há desafios na implantação do ensino em tempo integral, além do investimento para a abertura de creches no estado. “Nesse novo PAC nós vamos lançar um novo número de creches e escolas para todos os municípios e estados brasileiros para que possamos ampliar e garantir o comprimento”, disse.
Quase 15 mil crianças aguardavam por uma vaga em creche em Mato Grosso, de acordo com um levantamento feito pelo Gabinete de Articulação para Efetividade das Políticas de Educação de Mato Grosso (Gaepe-MT), divulgado em junho deste ano.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é um projeto do governo federal que prevê a retomada de obras paradas , a aceleração das que estão em andamento e novos empreendimentos em pelo menos seis grandes áreas de investimento no país.
Por enquanto, nada mudará nas salas de aula. É apenas uma primeira (e importante) etapa para ajustar o modelo que foi tão criticado por: ampliar as desigualdades entre a rede pública e a privada;
e reduzir a carga horária das disciplinas tradicionais (como história e geografia), ao introduzir os chamados itinerários formativos (conteúdos escolhidos pelo aluno, a partir das opções fornecidas pela escola).
O MEC sugere, entre outras mudanças, a: ampliação do tempo mínimo destinado ao currículo obrigatório (matemática, português, espanhol, arte, educação física, literatura, história, sociologia, filosofia, geografia, química, física, biologia e educação digital);
redução do número de itinerários formativos ofertados pelas redes.
Para que essas alterações entrem em vigor, é necessário mudar a lei nº 13.415, de 2017, que estabeleceu o Novo Ensino Médio. Ou seja: qualquer mudança prática só acontecerá após uma decisão do Congresso Nacional.
Os próximos passos serão os seguintes:
encaminhar a proposta do MEC para o setor educacional e para órgãos normativos, para que, até 21 de agosto, sejam enviadas novas considerações;
apresentar as ideias para as Comissões de Educação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que também podem enviar ideias e sugerir alterações;
elaborar, com base nesses comentários, uma versão final do relatório;
enviar a proposta para a apreciação do Congresso Nacional.
Só após todas essas etapas que será possível, na prática, haver alguma mudança nas salas de aula.
José Antunes | 10/08/2023 10:10:04
Formar militantes esquerdófilos com salário de miséria só pra ficarem gritando "janjulivre"???
Lud | 10/08/2023 09:09:50
O ministro deveria falar na cara de pau do governador MM que é feio perseguir servidores da educação.
Marcos | 10/08/2023 09:09:40
Com um salário miserável que um professor ganha nesse paÃs. Quem que ser professor? Agora, seria bom o Ministro trocar o seu salário por um salário de um professor, pra vê se ele queria ser professor nesse paÃs.
RENATA | 10/08/2023 08:08:55
Realmente ninguém quer ser professor, afinal, o que se ganha de salário, para tentar ensinar para uma maioria que não quer aprender e vão para escola só para bagunçar, não é fácil de aguentar.
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