Uma associação de moradores que ocupa uma área rural no município de Araputanga (338 KM de Cuiabá), acusa uma empresa de segurança privada, contratada pelo proprietário do imóvel vizinho, de ameaças com armas de fogo. As terras já são objeto de uma disputa que está no Poder Judiciário de Mato Grosso.

De acordo com informações de uma petição endereçada ao Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal, a Associação Pitomba acusa a Assunforte Segurança Patrimonial de constranger mulheres e crianças no período da noite, quando há necessidade de utilização dos banheiros. “Ficam revezando os grupos que invadem a propriedade onde fica a noticiante, mas todos ficam ameaçando usar as armas que carregam e no período noturno ficam focando com as lanternas, constrangendo em especial as mulheres e crianças que precisam usar o banheiro”, diz trecho da petição, com data do último dia 22 de janeiro.

Nos autos, a Associação Pitomba alega que o processo que tramita na justiça estadual foi classificado como “ação possessória”, mas que na verdade “deveria ser demarcatória”, acusando o vizinho, identificado como Lucas Pimenta Azevedo, de invadir a área ocupada pelas famílias. A petição também revela uma suposta ameaça de um policial identificado como “Noboquite”.

A denúncia diz ainda que os fatos (constrangimento ilegal, ameaça e perseguição) foram relatados à Polícia Federal. Segundo informações do processo que tramita no Poder Judiciário Estadual, Lucas Pimenta Azevedo seria o proprietário da fazenda Barrinha, localizada a 12 quilômetros da comunidade de Farinópolis, zona rural de Araputanga.

Uma audiência entre as partes está agendada para o dia 18 de fevereiro de 2022.