Sábado, 29 de Março de 2025, 15h21
LEVERGER
Sema diz que interdição em Morro é exagero
MARIANA DA SILVA
Gazeta Digital
A secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, criticou o que chamou de “excessos” por parte do Ministério Público Estadual (MPMT) em relação às obras realizadas pelo Estado no Morro de Santo Antônio, em Santo Antônio de Leverger (34 km ao sul de Cuiabá). A gestora comparou o local com pontos turísticos de outras regiões e questionou sobre o tipo de estrutura que a população deseja para frequentar os atrativos.
“Alguém de vocês já visitou o Parque da Tijuca no Rio de Janeiro ou o Parque Nacional do Iguaçu em Foz do Iguaçu? Que tipo de unidade de conservação vocês querem visitar? Aquelas que têm acessibilidade, que garantem segurança, permitem fazer contemplação, com banheiro, lanchonete? É tudo isso que nós vamos visitar lá fora. Mas quando nós queremos implementar isso em Mato Grosso todo tipo de resistência acontece”, manifestou.
Ela ainda citou que nada foi feito pelo Morro de Santo Antônio em gestões anteriores e que no mandato do governador Mauro Mendes (União Brasil) o plano de manejo foi implementado para ocorrerem obras que melhorem a visitação do espaço. Contudo, reconheceu que as intervenções passaram por problemas.
“É fato que as obras tiveram questões operacionais, uma ampliação maior do que estava previsto para a pista. Essa foi uma das grandes discussões. A pista era de 4 metros e, no momento da sua confecção, ficou de 7 metros. O projeto de recuperação para essa área já está apresentado, ela vai ser revitalizada”, garantiu.
Conforme Mauren, as informações técnicas devem ser apresentadas no processo judicial. Ela assegurou que as obras valorizarão culturalmente o espaço e vão permitir visitações mais atrativas, peregrinações religiosas com mais segurança, e manter uma “pista hard” para os que desejam continuar a fazer a tradicional trilha.
No último mês, o Ministério Público Estadual (MPMT) realizou inspeções no espaço e constatou degradação ambiental em decorrência das obras, que vão desde processos erosivos, abertura de estrada com cerca de 10 metros de largura, riscos de deslizamentos e falta de sinalização na área de preservação.
Além disso, caminhões da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) foram flagrados retirando pedras do Morro de Santo Antônio. A situação irregular foi constatada em fiscalização no dia 21 de fevereiro deste ano. As pedras foram destinadas às obras do Parque Novo Mato Grosso, também do governo do Estado.
Referente a este ponto, Mauren informou que não acredita que isso seja motivação suficiente para a interdição do local. “Isso, sinceramente, é um motivo para interditar o parque? Para tirar a administração do Estado que está fazendo os maiores investimentos da história? Parece mais uma intervenção na gestão do que necessariamente uma proteção do meio ambiente”, criticou.
Ainda este mês, o MP moveu uma Ação Civil Pública (ACP) contra o governo do Estado, por degradações ambientais causadas pelas obras da trilha aberta no Morro de Santo Antônio. O documento solicitava a interdição imediata de toda obra e atividade no local, exceto da contenção das erosões e recuperação da área degradada.
Atualmente a obra está suspensa até que sejam estabelecidas e aprovadas medidas corretivas. Foi publicada na quinta-feira (27), no Diário Oficial do Estado, a portaria Nº 344/2025/SEMA/MT que dispõe sobre a aprovação do Plano de Manejo do Monumento Natural Morro de Santo Antônio.
Marcos | 30/03/2025 11:11:45
mauro mendes, o governador que DESTRUIU o Morro de Santo Antonio.
Elzis Carvalho | 30/03/2025 10:10:46
Gostaria que a secretária Mauren Lazzaretti viesse visitar o Parque Zé Bolo Flô - localizado no bairro Coophema/Coxipó - para ver in loco a situação do espaço que tem mais de 60 hectares de cerrado. O local inaugurado em 2001 está praticamente abandonado pela SEMA. As pistas de caminhada (asfalto e concreto) estão esburacadas. Em muitos trechos têm lodo, lama e cascalho. Muitas pessoas já tiveram lesões graves porque caÃram nesses locais. Além disso, o matagal toma conta da pista de caminhada, sem a devida manutenção, está quase impossÃvel frequentar o local, que é o único espaço para a prática esportiva na região. Desde o inÃcio do 1° mandato de Mauro Mendes existe a promessa de reformar o PZBF, mas só ficou no papel. Venha até o local para conhecer a realidade do Parque Zé Bolo Flô. Mas traga junto o governador e a 1ª dama VirgÃnia Mendes. Quem sabe assim a promessa possa ser executada.
Fudencio | 30/03/2025 09:09:53
Da Sema, já se podia esperar. Morro de Santo Antonio, tornou pista de rally de Mauro Mentis e do Ratinho de esgoto " fabinho"
Paulo | 30/03/2025 01:01:00
Será que vão falar a verdade que querem privatizar o local depois de inaugurado sob o pretexto de manutenção e conservação? Kkkkk, duvido falarem antes.
Indigninadissimo | 29/03/2025 20:08:39
Aà ai essa secretária é uma piada, destruÃram oque era natural,uma obra de Deus,onde o povo gostava mesmo era de subir a pé pelas trilhas, agora irão colocar concreto em boa parte do morro ,eu fico imaginando como não é a fiscalização da Sema nas obras ou nas fazendas dos amigos do rei de MT,a tal vista grossa. Agora responda para o povo de MT secretária,para onde foram levadas as milhares de toneladas de terras retirada do morro??? Outra coisa esse MPE MT só está fazendo como fogo de palha,logo logo se afasta do caso e deixa por isso mesmo.Vetgonha viu
Paulo | 29/03/2025 19:07:40
Que exagero nem chegou a desmatar todo o morro, nem chegou a ter a queimada feita, ela é mesmo a secretária do meio ambiente??? Ela tem que mudar para SINFRA, pois não entende nada de conservação do ecossistema, mas o escritório de advocacia dela vai bem muitos tac a serem feitos.
Elisa Alves Barros | 29/03/2025 18:06:22
A recente declaração da "secretária" de meio ambiente, Mauren Lazzaretti, escancara sua falta de zelo, cuidado, entendimento, conhecimento, percepção com a coisa pública ambiental. Ao criticar o MPE, em especial a atuação da Dra. Ana Luiza, demonstra uma preocupante incompreensão sobre os fundamentos técnicos e legais que regem as Unidades de Conservação em MT e no Brasil. O Monumento Natural, categoria de UC do Morro de Santo Antônio, é uma categoria de Proteção Integral, prevista na Lei n.º 9,985/2000 9Sistema Nacional de Unidade de Conservação), cujo objetivo é preservar elementos naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Alguém duvida de o Morro de Sto. Antonio tenha tudo isso e mais um pouco? Nessa categoria, o uso publico é permitido, mas estritamente condicionado ao Plano de Manejo e à s normas do órgão gestor. (Ao que parece ela, a secretária quer ser a própria norma). A intervenção humana que altere os aspectos naturais da área é PROIBIDA. Portanto, qualquer flexibilização ou uso desvirtuado, ou ainda obra sem conformidade com o local representa um atentado à integridade do bem protegido. A "secretária", ao classificar como "excessiva" a atuação do MP e insinuar intervenção na gestão", parece ignorar que a função do MP é justamente zelar pelo cumprimento da legislaÇão ambiental e pela proteção do patrimônio natural, sobretudo quando há risco de degradação pro má gestão ou interesses polÃticos. ( Estamos vendo tudo isso de qualquer ponto visÃvel do Morro Sto. Antonio). A beleza cênica e a biodiversidade de um Monumento Natural não são adereços estéticos, mas valores ecológicos e culturais que justificam sua proteção. (Ainda que a Secretária e sua equipe não admirem o Morro). A visitação pública, religiosa, contemplativa, quando bem regulada, pode ser uma ferramenta de educação ambiental e sustentabilidade, o que não estamos vendo na atual gestão. No entanto, sem ordem, controle, com um projeto de infraestrutura desconexo, feio, rasgando a beleza do Morro e sem respeitar o Plano de Manejo... será o caos, poderá gerar erosão, acumulo de lixo, poluição, destruição de habitas e a banalização do património natural. A situação acontece quando o poder publico, a secretária, tenta intervir no que funcionada com dificuldades, mas funcionava... Então, numa visão megalomanÃaca acaba com a paisagem, com o bem natural, com a ordem....ainda afrontando quem detém o direito constitucional da proteção aos maus feitores. A secretária precisa compreender que sua vontade pessoal ou visão distorcida de "uso sustentável"não se sobrepões ao interesse público e à legislação ambiental (Graças a Deus). A gestão de uma UC exige conhecimento e respeito dos limites legais. Ignorar isso é abrir caminho para destruição do que deveria ser protegido para as futuras gerações. É fundamental que a SEMA reveja sua postura e compreenda que a proteção de um Monumento Natural não é um entrave à gestão, mas sua razão de ser. A harmonia entre biodiversidade, uso polÃtico e preservação só é possÃvel com responsabilidade, ciência e ética ambiental. Assim, caso a sra. não tenha esses predicados, peça pra sair. A população e a biodiversidade agradecerão.
Fernando Esdras | 29/03/2025 17:05:42
Pra quem cortou um bosque de árvores nativas, pé de piqui entre outros atos contra o meio ambiente, é isso mesmo. Nada de mais destruir para agradar . Como podem ler, ela passeou bastante pelas UCs, isso não é preservar. Eita MP isso vai além.
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