Presença da tecnologia no cotidiano dos brasileiros segue em expansão e Mato Grosso não é exceção. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (24), mostram que o estado acompanha de perto o avanço do acesso à internet e à telefonia móvel no Centro-Oeste, que lidera o ranking nacional de conectividade. No Centro-Oeste, 93,1% das pessoas com 10 anos ou mais afirmaram ter usado a internet no período de referência da pesquisa, o maior percentual entre todas as regiões do país.

Em todo o Brasil, o índice foi de 89,1%. A posse de telefone celular para uso pessoal também é expressiva: 92,6% dos moradores da região têm um aparelho, superando a média nacional de 90,5%.

Mato Grosso, que possui vastas áreas rurais e baixa densidade populacional, tem se destacado na ampliação do acesso digital. Em 2024, 77,2% da população rural brasileira declarou ter celular um crescimento significativo em relação aos 54,6% registrados em 2016. A internet por celular, principal meio de conexão no país, está presente em 97,5% dos aparelhos móveis do Centro-Oeste. Na zona urbana, o índice é ainda maior: 97,7%. No campo, chega a 96,0%.

O uso da banda larga fixa nos domicílios também vem crescendo. Em 2024, 88,9% das casas brasileiras com acesso à internet utilizavam esse tipo de conexão. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, os percentuais foram de 86,5% e 87,2%, respectivamente.

O avanço da conectividade também se refletiu entre os idosos. A taxa de uso da internet entre pessoas com 60 anos ou mais atingiu 62,7% no país, com destaque para o Centro-Oeste, onde o índice foi de 68,8% o maior entre as regiões brasileiras. Os dados reforçam a tendência de inclusão digital e mostram que, mesmo entre os mais velhos, o uso da tecnologia já é realidade.

Segundo a especialista em tecnologia Ana Marcondes, o aumento do uso de aplicativos de mensagens, serviços bancários e plataformas de saúde reflete uma mudança de comportamento e a adaptação do mercado a essa faixa etária. Hoje, muitos idosos utilizam o celular como ferramenta para manter o vínculo social, resolver questões do dia a dia e, até mesmo, participar de cursos on-line, o que mostra avanço na superação da exclusão digital.