Segunda-Feira, 22 de Julho de 2019, 09h32
200 ANOS
Batalha medieval se mantém viva na cultura de MT
G1-MT
Secom-MT
Um espetáculo a céu aberto, a Cavalhada, realizada anualmente em Poconé, a 104 km de Cuiabá, desde o século XVIII, representa a batalha entre dois exércitos: o dos Cristãos e o dos Mouros. Na dramatização da batalha, os cavaleiros realizam a memória dos antepassados portugueses que chegaram nesta região na época do descobrimento do Brasil.
A última edição da festa realizada no dia 23 de junho foi acompanhada por uma equipe da TV Centro América. A reportagem especial sobre o evento vai ao ar no próximo sábado (27).
A origem da história da Cavalhada está ligada a Portugal sendo uma simbólica representação histórica da luta travada entre o imperador do Ocidente, Carlos Magno, coroado pelo Papa Leão 2, e os Mouros que invadiram a Península Ibérica, com a pretensão de forçar os Cristãos a aderirem à religião maometana.
A cavalhada é um espetáculo teatral com personagens que encenam uma batalha medieval com dois exércitos, o Cristão, representado através das roupas com a cor azul turquesa, e o Mouro, representado pela cor vermelha. O enfrentamento é pelo poder da rainha Moura que é capturada pelos Cristãos, em troca a conversão dos Mouros para a religião cristã, o cristianismo.
O teatro é composto por vários personagens, como rainha, cavaleiros cristãos e mouros, pajens, encapuzados, caixeiro, máscara, guardas do castelo, auxiliares de pista, narradores e locutores. Também são usados animais para composição do espetáculo, como cavalos da raça pantaneira.
Além dos personagens e os animais, várias ornamentações são construídas, como castelo, suporte de provas, argolas, bastões, bandeiras, balões, judas e fogos de artifício.
As roupas usadas pelos personagens são confeccionadas de forma artesanal, com lantejoulas, fitas, flores, gregas, miçangas e o tecido utilizado é o cetim. As calças são largas tipo bombachas, camisas estilo túnicas. Além das vestimentas, são utilizados chapéus, botas de cano alto e cintos largos para prenderem a espada.
As Cavalhadas foram introduzidas no Brasil pelos colonizadores portugueses, sob a forma de espetáculo histórico-religioso. Elas são encenadas anualmente em vários estados brasileiros.
Em Mato Grosso, segundo o historiador Francisco Campos, o exército dos Mouros eram representados pelos os fazendeiros da parte alta e firme do Pantanal e os Cristãos eram da parte baixa, mais alagada e de grandes pastagens.
A dramatização da batalha é entre os Cristãos e Mouros e os torneios medievais. Os cavaleiros realizam a memória dos antepassados portugueses que chegaram nesta região na época do descobrimento do Brasil.
Portanto, a origem da história está ligada a Portugal, sendo uma simbólica representação histórica da luta travada entre o imperador do Ocidente, Carlos Magno, coroado pelo Papa Leão 2, e os Mouros que invadiram a Península Ibérica, com a pretensão de forçar os Cristãos a aderirem à religião maometana.
Cristão x Mouro
Os personagens encenam uma batalha medieval com dois exércitos, o Cristão, representado através das roupas com a cor azul turquesa, e o Mouro, representado pela cor vermelha. O enfrentamento é pelo poder da rainha Moura que é capturada pelos Cristãos, em troca a conversão dos Mouros para a religião cristã, o cristianismo.
São seguidas rigorosamente as tradições até os dias atuais em que se apresentam 12 representantes Mouros e 12 representantes Cristãos, sempre muito hábeis nas manobras com seus animais, esforçando-se em campo para dar conta do entrecho dramático através de carreiras e evoluções, com os manejos de espadas e lanças. A luta termina com a conversão dos Mouros ao Cristianismo.
Personagens, objetos e roupas
O teatro é composto por vários personagens, como rainha, cavaleiros cristãos e mouros, pajens, encapuzados, caixeiro, máscara, guardas do castelo, auxiliares de pista, narradores e locutores. Também são usados animais para composição do espetáculo, como cavalos da raça pantaneira.
Além dos personagens e os animais, várias ornamentações são construídas, como castelo, suporte de provas, argolas, bastões, bandeiras, balões, judas e fogos de artifício.
As roupas usadas pelos personagens são confeccionadas de forma artesanal, com lantejoulas, fitas, flores, gregas, miçangas e o tecido utilizado é o cetim. As calças são largas tipo bombachas, camisas estilo túnicas. Além das vestimentas, são utilizados chapéus, botas de cano alto e cintos largos para prenderem a espada.
A Cavalhada em Mato Grosso
A Cavalhada chegou a Mato Grosso no ano de 1769 e fixou-se em Poconé, como ato de louvação aos santos, em especial ao Divino Espírito Santo e ao Glorioso São Benedito. Durante todo o período de sua existência, sofreu diversas interrupções, tendo hibernado durante os anos de 1954 a 1990.
Em 1991, os festeiros de São Benedito fazem ressurgir a Cavalhada, amparados pelos corações saudosos dos cavaleiros poconeanos, tudo numa atitude de cidadania, tendo como ponto de referência o fortalecimento da fé, da união e a preservação cultural do povo.
A Cavalhada, realizada anualmente no mês de julho, durante a Festa de São Benedito, é uma das manifestações culturais mais autênticas de Mato Grosso, atraindo não só a população pantaneira, mas turistas de todo país e exterior.
Segundo a historiadora Neila Barreto, a Cavalhada é, além de um evento cultural, um evento esportivo, já que é é encenada como um teatro ao céu aberto, que remonta os currais do períodos medievais.
Os personagens personagens desfilam toda a história e fazem disputas com corridas em cavalos.
A batalha é geralmente associadas com as Cruzadas e a Guerra de Tróia, segundo Barreto. A batalha começa com o rapto da rainha, como foi com Helena de Tróia.
O evento da Cavalhada não acontece de improviso, ela é construída. A história começa a ser montada a seis meses antes. Todas as famílias confeccionam as vestimentas e ornamentos.
“Se vê na própria literatura de Poconé, onde mostra as famílias e o maior prazer que elas têm de construir o evento, confeccionando tudo e preparando as novas gerações para realizar, é uma herança enraizada", afirmou a historiadora.
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