Domingo, 11 de Maio de 2025, 08h50
CULTIVANDO VIDAS
Aprosoja MT homenageia mães do agro com histórias de superação e fé
Da Redação
Neste domingo, 11 de maio, quando o Brasil inteiro celebra o Dia das Mães, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) presta uma homenagem àquelas que, além de cultivarem a terra, cultivam vidas. Histórias como as de Bruna Freiberg, de Água Boa, e Márcia Cristina Rech, de Feliz Natal, mostram que ser mãe é viver uma jornada de fé, coragem, renúncia, milagres e amor sem fim.
Para Bruna Freiberg, de 36 anos, sua vida ganhou um novo sentido a partir do dia 9 de fevereiro de 2024. Após anos tentando engravidar, ela e o marido, Heronides Silveira Júnior, foram surpreendidos por uma bênção em dobro: o nascimento das gêmeas Laura Maria e Luísa Maria.
“Foi um baque. E quando eu descobri que a gravidez era gemelar, foi outro baque. Quando descobri, fiz a ultrassom sozinha, porque a minha mãe teve uma gestação que não tinha feto, era só um saco gestacional vazio. Como eu não conseguia engravidar, até eu ver os corações batendo, eu não me apeguei à ideia de que estava grávida. Entrei na sala de exame sem esperança de ter um bebê e saí de lá com dois bebês”, lembra Bruna.
Desde 2015, o marido de Bruna expressava o desejo de ter gêmeos, algo que ela sempre considerou improvável, uma vez que não havia gêmeos na família. “Ele falava que queria ter gêmeos, que era para vir tudo de uma vez. Eu nunca imaginei. E veio exatamente como ele dizia”, conta.
A gravidez, no entanto, foi repleta de desafios. Diagnosticada com o que os médicos consideraram o tipo mais arriscado de gestação, Bruna durante os nove meses recorreu à fé. No Santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, em Nova Xavantina, fez promessas e entregou sua gestação aos cuidados da santa.
“Minha mãe mora em Nova Xavantina e lá tem o santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Eu parei no santuário e pedi para ela cuidar das minhas filhas, cuidar da minha gestação e interceder. Prometi que batizaria elas no santuário para serem devotas. Depois, quando tive um problema com 17 semanas, fiz a promessa para Maria, pedi para interceder novamente e, se desse tudo certo, eu colocaria no nome delas de Maria. E, graças a Deus, deu tudo certo. E assim fizemos: Laura Maria e Luísa Maria”, diz Bruna.
Neste Dia das Mães, com as filhas já com um ano de idade, Bruna reflete sobre a maternidade, agradece a Deus pelos milagres e descreve que “ser mãe” é algo único. “É amor, dedicação e renúncia. A gente muda tudo. A rotina, o trabalho e as prioridades. É tudo em prol deles, porque é um período tão curto, logo eles crescem e as coisas vão mudar de novo. Nunca mais vai ser como era antes. Mas, ainda bem, porque era chato. Agora a gente vê o tanto que é mais alegre dentro de casa. Criança é luz, alegria, vida e bênção de Deus. Eu falo que as minhas filhas literalmente são dois milagres. Para quem não conseguia ter um, tive duas”, agradeceu Bruna.
Já em Feliz Natal, a produtora Márcia Cristina Balestrin Rech, de 36 anos, mãe de dois filhos, define a maternidade como o cumprimento de um sonho que a acompanhava desde menina. “Foi a realização de um sonho. Como se fosse uma realização da brincadeira de boneca que tinha quando era pequenininha. A gente já nasce com isso no DNA. Nós aprendendo com a vivência, algumas inseguranças e aí depois com o passar do tempo, vamos acalmando e tendo mais segurança. É maravilhoso ser mãe”, conta.
Em sua primeira gestação, Márcia deu à luz a um menino. Já a segunda e recente gestação, apesar de planejada, teve seu momento de tensão: a descoberta da trombofilia, condição que afeta a coagulação do sangue e pode trazer complicações à gestação. “Aquilo me deixou apreensiva. Mas tive profissionais ao meu lado que me tranquilizaram. Com fé, tudo correu bem. Aprendi que nem tudo acontece como a gente quer, mas no tempo de Deus, tudo se ajeita”, afirma.
Após cinco meses do nascimento de sua filha, Márcia fala da maternidade com intensidade e entrega. “A gente se transforma em leoa. É um instinto que brota de dentro. A gente defende, protege e luta em busca de dar o melhor para eles, para que cresçam com saúde e com mais experiência. Eu brinco que mãe tem amnésia de algumas coisas. Dor do parto? Contrações? A gente esquece”, brinca.
Filha e esposa de produtores rurais, ela também sonha que seus filhos valorizem o campo e tudo o que ele representa. “A gente espera que eles sigam esses passos e que eles tenham amor pela terra, amor pela plantação. Por mais que, às vezes, algumas pessoas vejam isso com outros olhos. Não tem dinheiro do mundo que pague essa paz que é estar no meio da natureza, saber que você planta ali, você colhe o alimento, que vai se transformando em tantas outras coisas. É só quem vive mesmo que dá valor ao que produz.”
Tanto Bruna quanto Márcia traduzem em palavras o que muitas mães sentem, especialmente aquelas que dividem a lida no campo com a criação dos filhos. E neste Dia das Mães, ambas deixam recados carregados de ternura e sabedoria.
“Ser mãe é desafiador, educar nos tira totalmente da zona de conforto. Mas, Dia das Mães é todo dia. Desejo muito amor, sabedoria e paz a todas as mães produtoras”, declara Márcia. Bruna completa: “Que este seja um dia abençoado com seus filhos, seja qual for a idade deles. Filho é para sempre, é bênção, é tudo na vida de uma mãe.”
Neste Dia das Mães, a Aprosoja Mato Grosso celebra a força das mulheres, seja do campo ou da cidade. Mães como Bruna e Márcia, que enfrentam dificuldades com coragem, que confiam na fé para seguir em frente e que transformam a vida com o mais poderoso dos sentimentos: o amor de mãe.
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