Economia

Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 20h53

EMPRÉSTIMOS

Empresa interpela sindicalista na Justiça por "acusações levianas" em MT

Antônio Wagner teria ligado a Consig até morte de advogados

Da Redação

 

A Capital Consig Sociedade de Crédito Direto S/A ajuizou nesta quinta-feira três interpelações judiciais contra o servidor público Antônio Wagner Nicácio de Oliveira, presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), solicitando que ele preste explicações sobre declarações públicas feitas sobre a empresa e de seus diretores. A organização questiona as alegações do presidente da entidade, de que 100% dos contratos de crédito consignado firmados pela empresa teriam sido fraudados.

Antônio Wagner afirmou, em entrevistas, que haveria “preocupação que exista um banco cometendo fraude em larga escala e que, mês a mês, mais de 12 mil servidores poderiam estar sendo objeto de fraude nesses contratos feitos, porque, por amostragem, 100% dos contratos que nós tivemos acesso do Banco Capital tinham fraudes no valor do contrato com o valor depositado no servidor”. A Capital Consig sustenta que tais alegações não condizem com os dados apurados pela Controladoria Geral do Estado (CGE/MT), que, em auditoria realizada, constatou divergências em apenas 39 contratos, de um universo definido em amostragem.

O relatório da CGE concluiu que não houve irregularidades que justificassem a instauração de Processo Administrativo de Responsabilização, destacando que a empresa apresentou defesa e adotou plano de ação para correção dos problemas técnicos identificados. Em outra interpelação, ajuizada em maio, amplia o escopo, incluindo declarações feitas por Antônio Wagner em entrevista ao programa “Debate com Onofre Junior”, na TV Cidade Verde.

Nessa entrevista, o presidente do Sinpaig insinuou que a Capital Consig e seus diretores estariam envolvidos em esquemas fraudulentos relacionados a empréstimos consignados, estelionatos, fraudes no INSS, crimes contra o sistema financeiro, organização criminosa, lavagem de dinheiro e até ameaças. Wagner também mencionou supostas conexões entre a empresa e casos de homicídio envolvendo advogados no Estado.

A Capital Consig refuta veementemente tais alegações, reiterando que não há indícios de fraudes sistêmicas ou crimes envolvendo a empresa, conforme comprovado por auditorias da CGE/MT e pelos esclarecimentos apresentados no processo administrativo. A empresa lamenta a tentativa de politização do tema, frisando que colabora com transparência com os órgãos competentes e que mantém uma estrutura sólida de compliance e regularidade junto ao Banco Central do Brasil.

As interpelações solicitam que Antônio Wagner explique em juízo as alegações proferidas, detalhando, entre outros pontos, os fundamentos de suas acusações, a suposta relação da empresa com esquemas fraudulentos e as declarações sobre ameaças. Para a empresa, “a medida tem por objetivo esclarecer ou positivar o exato sentido da manifestação de pensamento do requerido e franqueia a oportunidade de esclarecer a sua verdadeira intenção”.

Caso as explicações solicitadas não sejam prestadas ou sejam consideradas insatisfatórias, os interpelantes poderão adotar medidas judiciais, como o ajuizamento de ação penal ou pleito de indenização por danos morais.

Comentários (5)

  • Renato  |  30/05/2025 10:10:00

    Achei correto criar medidas para os consignados, mas acredito que o presidente do sindicato esqueceu da categoria que ele foi eleito, pois precisamos saber como está as discussões sobre o plano de carreira tb ?.

  • Moisés  |  30/05/2025 08:08:41

    Entrei nessa roubada, entraram em contato oferecendo consignado, aceitei, não me deram o contrato, quando vi no holerite conta como cartão de crédito, que nunca recebi o dito cartão, não sei qual é o limite e todos se esquivam, falo com um, falo com outro e todos se esquivam, nem o maldito contrato eu consigo. Mas todo mês e sagrado, metem a mão em 1.348,00 reais no meu salário!

  • Nice |  30/05/2025 08:08:22

    E quem confia na Controladoria Geral do Estado? Com tantos absurdos que temos visto envolvendo essa empresa! Mas no estado o que vemos é um grande exército para blindar tudo que envolve o governo do estado. Esse é um escândalo semelhante ao do INSS, se não for mais nocivo, que dos velhinhos eram descontados valores menores, já essa empresa mete as duas mãos e com força no bolso dos servidores, retirando valores exorbitantes, sem saber se algum dia terminam de pagar, já que não recebem nem o contrato!

  • Servidor querendo justiça |  30/05/2025 01:01:28

    Esse banco nunca mandou os contratos solicitados nem faturas, e muito menos o cartão de crédito tem que apurar mesmo essa empresa.

  • Taig |  29/05/2025 22:10:14

    Ao invés de lutar por melhorias salariais, fica esse mimi mimi, precisamos lutar por recomposição em nossa carreira ? esse é o foco

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