Domingo, 23 de Março de 2025, 22h43
GOLPE NA ESTRADA
Justiça manda MPE investigar RJ de transportadora em MT
Magistrado cita que empresa comprou veículos antes de RJ
DIEGO FREDERICI
Da Redação
O juiz da 1ª Vara Cível de Cuiabá, Márcio Aparecido Guedes, proibiu o Grupo Mally, do setor de transportes, de realizar movimentações financeiras. A organização é suspeita de fraudes em seu processo de recuperação judicial, onde alega supostas dívidas de R$ 35,7 milhões.
Em decisão publicada nesta sexta-feira (21) o juiz revelou que tanto o administrador judicial do processo, quanto o Ministério Público do Estado (MPMT), apontaram supostas irregularidades que colocam em xeque a recuperação, podendo fazer com o Grupo Mally tenha a sua falência decretada. Conforme os autos, há a suspeita de que os valores devidos aos credores foram “inflados”, além dos bens ativos da organização declarados no processo serem inferiores aos valores informados às instituições financeiras para obtenção de empréstimos.
O Grupo Mally, de acordo com o juiz Márcio Aparecido Guedes, também teria dado um “golpe” na aquisição de veículos pouco antes de ingressar com seu processo de recuperação judicial - onde poderia “blindar” esses bens de apreensão em razão de deixar de pagar por eles. “Os elementos constantes nos autos demonstram fortes indícios de manipulação contábil, incluindo discrepância nos balanços patrimoniais: o ativo declarado no pedido de recuperação judicial é inferior ao ativo informado à instituição bancária para obtenção de financiamento, o que indica possível ocultação de patrimônio. Aquisições patrimoniais vultosas às vésperas do pedido de recuperação: houve compra de veículos e outros ativos financiados meses antes da apresentação do pedido de recuperação, com endividamento expressivo”, revelou o magistrado.
Além de proibir movimentações financeiras do Grupo Mally, o juiz Márcio Aparecido Guedes também encaminhou a decisão ao MPMT para eventuais medidas na esfera criminal do Poder Judiciário. Ele deu 15 dias para a organização explicar as suspeitas, sob pena de ter decretada a sua falência.
Segundo o processo, o Grupo Mally atua nas regiões de Comodoro (640 Km de Cuiabá) e Vilhena (RO) e é controlado por uma família que se socorreu de empréstimos pois na safra 2022/2023 teve os negócios prejudicados por um caso de “vaca louca”. “Já na safra de 2022/2023, houve um caso de ‘vaca louca’, que resultou em um embargo nas exportações de carne brasileira, fazendo com que o preço da arroba ficasse abaixo do custo de produção e causando prejuízos adicionais à pecuária. Esse evento tornou o mercado pecuário muito instável, resultando na queda dos preços e na suspensão de muitos abates, o que prejudicou a produção de carne”, diz trecho do processo.
O caso de “vaca louca” foi reportado às autoridades sanitárias brasileiras em março de 2023 num bovino de uma propriedade familiar do município de Marabá (PA).
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