A falência da AFG Brasil S/A, em Cuiabá, foi decretada, após a empresa não ter cumprido seu plano de recuperação judicial e ter sido acusada de fraudes. A Justiça de Cuiabá deferiu o processamento da recuperação judicial em 2024, mas a empresa enfrentou dificuldades em cumprir as obrigações do plano, o que levou a pedidos de falência por credores e o Ministério Público. 

A AFG Brasil S/A solicitou recuperação judicial em 2024 para renegociar dívidas de R$ 648 milhões, alegando complicações fiscais e os impactos da pandemia da COVID-19 na atividade de exportação de grãos. Vários credores, como Nova Aliança Agro, Anglopar Agro e a Família Scheffel Schwartz, apresentaram pedidos de falência, criticando a morosidade do judiciário e a falta de cumprimento do plano de recuperação. 

O juiz Márcio Aparecido Guedes bloqueou todos os bens da AFG até que ela comprovasse o cumprimento do plano de recuperação, sob pena de falência. O Ministério Público e a Anglopar acusaram a AFG de fraudes e de descumprimento do plano, apontando também um declínio significativo no faturamento da empresa, que teria passado de R$ 1 bilhão para R$ 1,5 milhão. 

Devido ao descumprimento do plano e as acusações de fraude, a falência da AFG foi decretada. A Fazenda São Paulo, avaliada em R$ 100 milhões, foi indisponibilizada.