Contrariando o aumento registrado na semana anterior, o custo da cesta básica em Cuiabá recuperou de 1,11% na terceira semana de maio. O valor médio do conjunto de itens ficou em R$ 833,59, segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT). Já não comparativo com o mesmo período de 2024, quando o valor médio era de R$ 782,03, o preço atual ainda é 6,59% mais alto.

O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destacou os principais fatores para essa oscilação no custo da cesta. “A variação nos preços dos itens da cesta básica reflete um equilíbrio delicado entre oferta e demanda, com alta sensibilidade a fatores sazonais e cambiais”, pontual.

Após a alta da semana anterior, o preço do tomate voltou a cair, apresentando uma redução de 6,55%, com o quilo custando em média R$ 8,18. O aumento da oferta das colheitas, ocasionado pela elevação das temperaturas no fim da semana, aliado à baixa procura pelos frutos, pode ter colaborado para essa redução.

Da mesma forma, a banana segue apresentando recuo, com redução de 2,59% nesta semana, chegando a custar, em média, R$ 8,55/kg. Um alto volume de frutas colhidas, especialmente da variedade nanica, aliada à baixa demanda, pode ter ocasionado o resgate registrado no preço do produto.

Em contrapartida, o café segue em alta pelo terceiro mês consecutivo, registrando um aumento de 4,41%. O preço médio chegou a R$ 34,11 por 500g. A instabilidade dos trabalhadores, causada por condições climáticas adversas, resultou na queda da produção, reduzindo a quantidade oferecida. Além disso, a demanda por exportações também diminuiu o volume disponível no mercado interno, contribuindo para o aumento do preço.

Além desses fatores, Wenceslau Júnior destacou: “Apesar do intervalo apresentado nesta semana, itens como o café e a manteiga aumentaram, pressione o custo do café da manhã das famílias cuiabanas”. Segundo levantamento do IPF-MT, a manteiga apresentou alta de 0,28% e atingiu R$ 35,40/500g.

Com relação à manteiga, a estiagem contribui para a manipulação dos pastos, tornando-os mais pobres para os animais e aumentando o gasto com suplementação. Ainda conforme análise do IPF-MT, o produtor precisa escolher entre atrasar a produção ou cuidar da nutrição adequada. Ambas as opções resultaram em aumento de preço para o consumidor final.