Economia

Quinta-Feira, 02 de Janeiro de 2020, 08h43

QUEDA DE BRAÇO

Rede de postos em MT suspende venda de etanol e "culpa" Governo

Empresários afirmam que combustível pode subir até R$ 0,33 com nova carga tributária; governo contesta

CARLOS MARTINS

Da Redação

 

Uma faixa colocada em frente ao Posto Aldo, na BR-364, saída para Rondonópolis, avisa que o grupo, composto por 16 unidades distribuídas pelo Estado, não está vendendo mais o combustível etanol desde esta quarta-feira, 1º de janeiro. Na faixa, a informação: “Não temos Etanol – Governo do Estado MT inviabilizou a venda”. 

A informação foi confirmada ao FOLHAMAX. “Desde ontem suspendemos a venda do etanol, não há previsão de quando voltaremos”, disse uma fonte ligada ao posto.

O Grupo Aldo é de propriedade de Aldo Locatelli, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivado de Petróleo de Mato Grosso (SindiPetróleo).

Nos últimos dias, por causa da Lei Complementar 631/2019, que alterou a tributação a partir de 1º de janeiro, vem sendo travado uma verdadeira queda de braço entre o governo do Estado e vários segmentos econômicos, entre eles, o setor de materiais de construção e de medicamentos, além de combustíveis. 

Na última segunda-feira (30), uma mensagem divulgada por meio de redes sociais, com a assinatura Aldo, informava que o preço do Etanol teria um aumento de R$ 0,33 por litro a partir de janeiro. O grupo afirma que irá manter a posição até que o governo aceite conversar sobre o assunto. 

Após os posts divulgados, o governo rebateu. Estudos feitos pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), que calculou um aumento máximo de no máximo 4%, aplicado no preço do produto. No caso do etanol do etanol hidratado, por exemplo, a carga tributária foi alterada de 10,5% para 12,5% (ainda uma das menores do país), sendo que a projeção pode haver um aumento no máximo de 2%, o que equivale a 5 centavos por litro, no preço final aos consumidores, e não de 33 centavos, como tem sido veiculado.

Em relação ao preço dos materiais de construção, o governo calculou que, com o ajuste, e levando em consideração a atualização nas regras da substituição tributária, o impacto máximo é de 3,84% no preço dos produtos da construção civil. Os valores foram obtidos, segundo a Sefaz, a partir de um levantamento estatístico com base nas notas fiscais emitidas pelos estabelecimentos comerciais.

Quanto aos preços dos medicamentos, será utilizada como base de cálculo a tabela de Preço Máximo a Consumidor (PMC), da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), com redução de 54,41% para genéricos, 47,79% para similares e 26,03% para remédios classificados como referência. Com relação aos fármacos e medicamentos não constantes na lista PMC, em que o ICMS será calculado com base na Margem de Valor Agregado (MVA), o aumento máximo seria de 1,72% e não até 37%, conforme informado pelo setor.

O secretário Rogério Gallo disse que a revisão feita pelo governo dos incentivos fiscais e benefícios fiscais do ICMS é importante e necessária para o equilíbrio fiscal e desenvolvimento econômico do Estado. Ele pediu serenidade aos empresários. “O que nós pedimos aos empresários, com os quais que nós dialogamos e respeitamos, é que tenham serenidade e façam as contas corretamente. Nós estamos à disposição na Sefaz para auxiliar nessas contas. Os percentuais de aumento sobre o preço do produto são de 3% a 4%, não mais que isso", disse Gallo.

 

Comentários (11)

  • JVS |  02/01/2020 14:02:49

    Esse Aldo Locatelli quer mídia. Sequer está morando em MT. Estado onde o mesmo fez fortuna. E vêm com essa bravata que não vai vender etanol. Esse é o respeito que ele tem pelos seus clientes ao deixar de atente los. Eu já sei onde não abastecer meu carro, nos postos Locatelli. Sem lembrar que donos de postos são meramente repassadores do imposto que nós pagamos.

  • Paulão |  02/01/2020 12:12:42

    Acho que alguns não entenderam, do jeito que estão comentando é só colocar o álcool a 3,20 que tudo se resolve. Afinal quem viajou para o MS PR SC RS sabe quanto tá o etanol. Então o Sr. Aldo quer que não suba, mas pelo jeito o pessoal de MT tá com o dinheiro para pagar 3.20 o litro.

  • Diego Carfi  |  02/01/2020 12:12:23

    MATO GROSSO E O ESTADO QUE TEM O INPOSTO MAIS CARO DO BRASIL MATO GROSSO E O PRUDUTOR DE TODO ETANOL AI VEM A SEFAZ O GOVERNO ALMENTA MAIS AINDA TEM QUE BAIXA O SALARIO DESSES VAGABUNDO QUE SO SABE ROBA É MAIS NADA PRA VOTA PRO ALMENTO DO SALARIO DELES ELES AGILISA TUDO RAPIDO NE AI ELES ANDA COM NOSSO DINHEIRO ABASTECE COM NOSSO SUOR AI VEI UM E FALA QUE O ALMENTO E POUCO VAI FICA O DIA ENTEIRO NO SOL VAI PEGA NO PEZADO VAMOS VE SE VC QUE VAMOS SE UNI E TIRA ECES LADRÃO DO PODER PÚBLICO JUDICIÃRIO NOIS TEM PODER CADE O VELETE SO ROBRAO NOSSO DINHEIRO ESTRAGARAO AS VIA SO LIXO VG TA DESTRUIDA BORA GOVERNADO REAGE

  • jose costa |  02/01/2020 10:10:58

    E o cara é o ALDO???? DEUS ME LIVRE DESSE GRUPAO

  • Amosil |  02/01/2020 10:10:50

    Conversa pra boi Dormir... Só malandragem.Vai CAGAR NO MATO,O sindicalistas patronal...Agora só uso combustível Petrobras .JAIR MESSIAS

  • Crítico |  02/01/2020 10:10:30

    Esse Locatelli é o câncer do setor de combustível em MT, oportunista, quer sempre ditar as regras, agora achou um que peita ele, não tem etanol? Simples quem precisa vai no posto mais próximo e foda-se ele, se não está bom, fecha ou vende seus postos e volta para o Paraná, lá é bom, no MS o ICMS foi muito mais alto e seus irmãos não reclamaram e nem deixaram de revender etanol, porque? Esse é o tipo de empresário que deveria ser expurgado de MT, será que já percebeu que atendimento em seu posto é uma bosta.

  • Contribuinte |  02/01/2020 10:10:09

    Acostumaram pagar por estimativa, agora choram quando tem que recolher na saída, pelo valor real de venda. Todos os demais Estados da Federação tributam na saída, só Mato Grosso seguia na contra mão. Se não tem álcool abastecemos com gasolina.

  • jose costa |  02/01/2020 10:10:07

    Mafia do governo nos excessos de arrecadaçao Mafia dos deputados para aprovar Mafia corporativa do setor Passeio desnecessario e absurdo do alcool da usina para petrobras. Como toda essa gente é besta e burra. Estao inviabilizando cada vez mais o uso do combustivel...e a ponta dane-se. Um dia explode tudo. Os Mato Grosso sao maiores produtores com incentivos do "ze povo" e quase mais caro que a gasolina... O governo estoura preços, povo nao compra... Burros

  • paulo sojinha |  02/01/2020 09:09:58

    KKKK APOIARAM O MAURO MENDES, AGORA CHORA POR TRIBUTAÇÃO ESTE MAURO MENDES Jà PAGOU AS DIVIDAS COM ESTADO, UM CARA DE PAU SE MOSTRA O CARA MAS ESTA ARRUMANDO A SUA CASA ISTO SIM, MAS ESTA AI O GOVERNADOR QUE O POVO ELEGEU.

  • jocadomas |  02/01/2020 09:09:22

    Não vende????? outros vendem, simples assim

  • Antonío carlos |  02/01/2020 09:09:10

    Uai, desde quando o empresário é quem paga o ICMS? O ICMS é pago pelo consumidor. O Estado não está tirando nem um centavo dos lucros. Estão usando de má fé pra jogar a sociedade contra o governo.

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