Segunda-Feira, 04 de Agosto de 2025, 09h46
TARIFAÇO
Secretário não crê em prejuízos em MT
FRED MORAES
Gazeta Digital
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, acredita que o tarifaço de 50% em cima de produtos brasileiros importados aos Estados Unidos, terá pouco efeito nas economias mato-grossenses. O número de importação da produção local para o governo americano é pouco, algo inferior a 2%, indicando pouco impacto na relação comercial.
Em entrevista ao Programa Tribuna, da Rádio Vila Real FM (98.3), o secretário disse que embora o estado não sofra consequências significativas, a economia global fica balanceada diante da importância comercial dos Estados Unidos. Além disso, diversos itens produzidos em Mato Grosso não foram incluídos na lista de isenção do governo americano.
“É tudo muito recente, são mais de 600 produtos que foram isentos. No caso de Mato Grosso, a nossa relação comercial de exportação para os Estados Unidos é pequena. Do que a gente exporta, em torno de 1,5% vai para os Estados Unidos. Mas, nós temos produtos que estão sendo afetados, que continuaram taxados, como a madeira, o ouro, a carne bovina e alguns derivados, sebo, gelatina, a nossa própria soja. Mas, esse realinhamento tarifário mexe com o mercado global como um todo”, disse o secretário.
Miranda defende que o Brasil siga nas tratativas para suspender as taxas, mas com equilíbrio impondo a soberania nacional, mas reconhecendo a importância das relações diplomáticas. “O governo brasileiro, através dos canais oficiais, diplomáticos, comerciais, institucionais, deve continuar a mesa de negociação para que a gente possa, passo a passo, ir apaziguando esse acirramento das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Que a gente tem que ter maturidade, colocar o Brasil em primeiro lugar, mas também colocar a história comercial que nós temos com os Estados Unidos, sempre foi um parceiro muito importante. Tem um grande mercado consumidor, como eu disse, tem poder aquisitivo para que a gente possa construir”, emenda.
Como alternativa rápida, o secretário ainda defende que se abra o mercado de relações com outros países. “O governo brasileiro tem feito de abertura de novos mercados, que continue esse trabalho. Nós estamos aí com a possibilidade de exportar carne para o Japão. E a gente vai tirando essas coisas e vai renegociando alguns produtos, alguns mercados paulatinamente”.
Tarifaço
A partir do dia 6 de agosto, o Brasil e outros países passarão a receber taxas com alíquotas variam entre 10% e 41%. A medida, segundo a Casa Branca, visa responder a práticas comerciais consideradas injustas e proteger os interesses econômicos dos EUA. O Brasil segue com a maior taxa, de 50%.
Apesar de ter sido o país com a maior tarifa anunciada, o Brasil tem uma longa lista de exceções. Quase 700 itens foram poupados da sobretaxa, incluindo setores estratégicos como o aeronáutico, energético e agrícola. Já setores como o de café, carne bovina e frutas devem sentir o impacto com força.
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