Sexta-Feira, 23 de Maio de 2025, 15h00
EMBATE
Justiça derruba veto de Trump a alunos estrangeiros em Harvard
Decisão afeta cerca de 6.800 alunos estrangeiros
G1
A Justiça dos EUA decidiu bloquear nesta sexta-feira (23) a decisão do governo de Donald Trump de proibir que a universidade Harvard, a mais prestigiosa do país, tenha estudantes estrangeiros. Dessa forma, os estudantes estrangeiros que estudam ou querem estudar na instituição seguem autorizados a ter um visto de estudante nos Estados Unidos. A proibição, que agora virou caso judicial, é a maior escalada do embate entre Harvard e o governo Trump.
O Tribunal Federal de Boston aceitou uma queixa apresentada pela direção de Harvard também nesta sexta. A juíza responsável pelo caso, Allison Burroughs —nomeada para o cargo pelo ex-presidente Barack Obama— ordenou que a ordem do governo Trump seja paralisada. Ou seja: a medida fica sem efeitos legais a não ser que Washington recorra da decisão.
O governo dos EUA ainda não havia informado, até a última atualização desta reportagem, se vai recorrer. Burroughs agendou audiências para a próxima semana, entre terça (27) e quinta-feira (29), para considerar os próximos passos no processo.
Na queixa apresentada mais cedo, a universidade alegou que a medida provoca "efeitos devastadores" em cerca de 7.000 alunos da universidade que são estrangeiros e dependem do visto de estudante para residir nos EUA.
"Sem seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard", disse, na queixa, a instituição de ensino, que tem 389 anos. "Com um golpe de caneta, o governo tentou apagar um quarto do corpo estudantil de Harvard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para a universidade e nossa missão".
A proibição de alunos internacionais —que são 1 em cada 4 estudantes da universidade— foi anunciada na quinta (23) pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA como retaliação aos recentes enfrentamentos entre Trump e a direção de Harvard, que tem se negado a adotar exigências de Washington.
Na queixa jurídica, a universidade também chamou a proibição do governo americano de "violação flagrante" da Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, além de outras leis federais do país.
Proibição
O Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) afirmou que a decisão de proibir estudantes estrangeiros foi tomada porque Harvard não entregou documentos solicitados sobre seus esses alunos.
Segundo o governo, os estrangeiros que já estudam na universidade devem se transferir para outras instituições de ensino — caso contrário, perderão o direito de permanecer legalmente nos Estados Unidos.
Em carta enviada à universidade, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, acusou a instituição de manter um “ambiente hostil para estudantes judeus, de promover simpatias ao Hamas e de adotar políticas racistas de diversidade, equidade e inclusão”.
Harvard reagiu e afirmou que a ação é ilegal e compromete sua missão de pesquisa.
O que acontece agora com os estudantes?
Estudantes que estão concluindo o curso neste semestre poderão se formar normalmente. A medida entra em vigor no ano letivo de 2025-2026. A turma de 2025 está prevista para se formar na próxima semana. No entanto, quem ainda não terminou o curso terá que se transferir para outra universidade. Caso contrário, perderá o visto de estudante.
Já os alunos internacionais que foram aceitos para começar as aulas em setembro não poderão iniciar o curso, a não ser que a decisão do governo mude ou que a Justiça intervenha. Noem disse que Harvard pode recuperar o status de instituição autorizada a receber estrangeiros se cumprir uma lista de exigências em até 72 horas. Entre os pedidos estão registros disciplinares de estudantes internacionais e gravações de protestos ocorridos no campus.
Segundo Noem, Harvard já havia se recusado a fornecer esses materiais. A universidade informou que está trabalhando para orientar os alunos afetados.
Carlos Nunes | 23/05/2025 17:05:37
Pois é, vem aà a Lei MAGNITSKY do tio TRUMP, contra aqueles que querem surrupiar o Direito Constitucional de Liberdade de Opinião e Expressão...contra aqueles que passaram por cima dos Direitos Humanos, etc, etc, etc. O maior atentado à Declaração Universal dos Direitos Humanos já ocorreu no Brasil. O pobre coitado do CLERISTON DA CUNHA, o CLEZÃO, morreu por isso. Apesar de laudos médicos demonstrando risco de morte...apesar de Parecer favorável da PGR...o CLEZÃO não foi liberado pra tratamento médico quando mais precisava. Como doença não espera liberação aparecer... CLEZÃO MORREU, deixando viúva e filhas órfãs. Se CLEZÃO tivesse sido liberado e tivesse o tratamento adequado...hoje estaria vivinho da Silva. No Brasil, ninguém importou com isso. Quem sabe tio TRUMP resolve isso. Esse crime não pode ficar Impune. O cadáver do CLEZÃO exige Justiça. Esse é o verdadeiro AINDA ESTOU AQUI. Enquanto a Justiça não prevalecer...a morte do CLEZÃO ainda estará esperando Justiça. Quem não liberou o CLEZÃO, tem que responder por isso. No fundo, CLEZÃO somos todos nós.
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