Terça-Feira, 21 de Janeiro de 2020, 09h10
VIOLÊNCIA EM BAGDÁ
Protestos no Iraque deixam mortos e feridos
G1
Hadi Mizban/AP Photo
Confrontos entre manifestantes e forças de segurança nesta segunda-feira (20) deixaram ao menos seis mortos e dezenas de feridos em mais um dia de protestos no Iraque. Segundo a agência Reuters, as mortes incluem quatro civis e dois policiais.
Três dos manifestantes não resistiram aos ferimentos em um hospital de Bagdá depois que a polícia deu tiros neles na Praça Tayaran, na capital disseram fontes médicas. Dois desses manifestantes foram atingidos por balas, enquanto um terceiro foi atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo.
Um quarto manifestante foi morto a tiros pela polícia na cidade sagrada xiita de Kerbala, acrescentaram as fontes médicas ouvidas pela Reuters.
Os manifestantes jogaram bombas de gasolina e pedras na polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral, disseram testemunhas da Reuters.
Jovens manifestantes em Bagdá começaram no domingo a bloquear estradas e pontes com pneus em chamas. Na manhã desta segunda-feira, jovens com capacetes de máscaras de gás ergueram barricadas de metal para tentar repelir a polícia.
Centenas de manifestantes, alguns acenando a bandeira do Iraque, se reuniram na praça Tayaran, perto da praça Tahrir, o coração dos protestos em Bagdá. Confrontos com as forças de segurança, que usavam cartuchos de gás lacrimogêneo e munição real para dispersá-los, eclodiram.
Crise no Iraque se acirra
Manifestantes exigem desde o começo de outubro uma renovação do sistema político e conseguiram a renúncia do primeiro-ministro Adel Abdul Mahdi, um dos principais alvos dos protestos. Recentemente, porém, o movimento ficou eclipsado nas últimas semanas pelas fortes tensões entre Irã e Estados Unidos, os dois principais provedores de Bagdá.
Para evitar que as mobilizações perdessem força, os manifestantes enviaram um ultimato ao governo na semana passada para responder às suas demandas, entre elas, um pedido de eleições antecipadas.
Além da antecipação das eleições, os manifestantes pedem uma reforma da lei eleitoral, a nomeação de um primeiro ministro independente e o fim da corrupção, que engoliu o equivalente a duas vezes o PIB do Iraque em 16 anos.
Eles também pedem o fim do sistema político de distribuição de cargos baseada em etnias e confissões.
"A procrastinação demonstrada pelo governo e pela classe política por mais de três meses nos leva a tomar medidas adicionais", disse à AFP Mohammad Faeq, manifestante de 28 anos.
Desde outubro, cerca de 460 pessoas perderam a vida em atos violentos ligados à repressão de manifestações e 25 mil ficaram feridas, segundo uma contagem da AFP compilada a partir de fontes médicas e de segurança.
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