Quarta-Feira, 27 de Junho de 2018, 09h44
Carlos Fávaro
O futuro que nos atropela
Carlos Fávaro
O futuro já chegou a Mato Grosso. Aqui ele tem uma cara própria, porque a maioria das suas novidades estão dentro de um pacote de conhecimentos chamado de inovação. Essa nova fase vai entrar dentro de todas as residências de Mato Grosso e mudar a vida principalmente dos nossos jovens que entrarão no mercado de trabalho nos próximos anos. Será uma revolução!
Explico. Desde os anos 1980 a agricultura assumiu a liderança dentro da economia estadual. Os produtores rurais olhavam só da porteira para dentro para produzir. Foi uma fase muito sofrida de aprendizado. Pragas. Doenças. Adaptação de maquinário, de clima e de solo, etc. Os desafios eram mais de adaptação do que de prospecção de mercado e de tecnologias.
Hoje, depois de 38 anos da primeira grande safra de soja de 3,5 milhões de toneladas, em 1980, chegaremos a 2018 a 59,8 milhões de toneladas de soja, milho e algodão e próximo de 3 milhões de toneladas de carnes. Em 1980, sobrava coragem, determinação e fé nos produtores. Hoje, o desenvolvimento de tecnologias em máquinas, em biotecnologia, em técnicas de produção e de manejo, ao produtor se impõem alternativas desafiadoras: aprender a se relacionar com mercados, a lidar com a sustentabilidade ambiental, a vencer desafios graves como a logística, a carga tributária, a burocracia.
Segundo a ONU, em 2050 o mundo terá 9,73 bilhões de habitantes, dos quais 6,3 urbanos e 3,2 rurais, gerando uma demanda de alimentos na ordem de 70% mais do que agora, de energia de novos 80% e água 55%. Produzir nesse ambiente exigirá que o produtor domine completamente o cenário da porteira pra fora, olhando para o mundo.
O leitor deve estar se perguntando o que significa isso. Tento explicar de maneira sucinta dentro desses cenários do futuro próximo. Continuar produzindo matéria prima de grãos, fibras e carnes brutas, sem beneficiamento, não será sustentável. Aliás, já não é! O primeiro passo é verticalizar essa produção primária. Isso significa industrializá-la dentro do Estado para gerar mais impostos e melhores empregos. Já fazemos numa escala muito grande. Mas sempre haverá novos espaços.
O agro em nosso Estado produziu ilhas de prosperidade, cidades de primeiro mundo, mas esta riqueza ainda não esta ao alcance de todos os mato-grossenses, a maioria de nossa gente ainda vive as margens dos grandes negócios, muitos estão em cidades de economia exaurida, sem falar naqueles que apenas sobrevivem na periferia das bolhas econômicas assistindo o sucesso passar perto dos seus olhos e ao mesmo tempo longe do seu alcance de suas mãos.
Aqui entram componentes novíssimos desconhecidos em 1980, como as principais tecnologias que hoje estão em destaque: drone, satélite, computação em nuvem, mobile, datasheets, bigdata e robótica. Outros recursos como Inteligência Artificial, Internet das Coisas, sensores de monitoramento e rastreamento, realizados por startups e vários serviços hoje disponíveis para os produtores rurais que há pouco tempo eram impensáveis.
Antes apenas as grandes propriedades rurais tinham condições técnicas e financeiras para implantar sistemas, como mecanização de lavouras. Hoje agricultores menores também acessam diferentes tipos de inovações digitais por meio das startups e empresas com baixo custo. A tendência é que os serviços de tecnologia e inovação se tornem ainda mais acessíveis em curto espaço de tempo, atraindo mais produtores rurais, empreendedores, investidores, pesquisadores, instituições de ensino e pesquisa e outros que possam se interessar para resolver os problemas do agro mato-grossense.
Do ponto de vista dos cidadãos esse conjunto de percepções somados, de alta produção tecnológica verticalizada e depois na fase das inovações, vai resultar na completa transformação dos sistemas de educação, de novas áreas para profissionais e empregos melhor qualificados, melhores condições de vida e remuneração mais elevada. É a terceira revolução que já chegou. No primeiro momento, restrita aos produtores, no segundo à agroindústria e na terceira, às inovações que se espalharão por toda a sociedade mato-grossense, atingindo principalmente a sua juventude.
Enxergo esse futuro de amanhã com o mais otimista dos olhares e com a convicção de que ele nos atropelará se não nos prepararmos pra recebê-lo já. Somente desta forma chegaremos a verdadeira inclusão, que é construir Mato Grosso para todos os mato-grossenses.
*Carlos Fávaro é presidente regional do PSD e pré-candidato ao Senado Federal
Paulo Corrêa da Costa | 27/06/2018 22:10:40
Cara de pau esse homem . Foi péssimo vice governador e já mostrou que é péssimo polÃtico. Não ganha nem para presidente de bairro, né Toninho de Souza?
renan cido da silva | 27/06/2018 16:04:36
esse se acabou, péssimo gestor, só fez cagadas no governo, o governador deve ter dado graças a deus de te se livrado desse mala.
Wanderson | 27/06/2018 15:03:06
Carlos Favaro, Mato Grosso precisa de polÃtico como vc, que tem visão de futuro, trabalha e não precisa da polÃtica para sobreviver. Vc terá meu voto sendo candidato sim.
André N. | 27/06/2018 12:12:07
blablabla... Não voto!
Mounjaro no SUS de Cuiabá: iniciativa que precisa de cautela e protocolos
Terça-Feira, 05.08.2025 15h35
Amor que cura!
Terça-Feira, 05.08.2025 15h34
Agrediu namorada com mais de 60 socos
Terça-Feira, 05.08.2025 15h33
O Centro Histórico de Cuiabá merece o melhor
Terça-Feira, 05.08.2025 15h30
Com quase dois séculos a Assembleia de MT precisa honrar seu pacto com o futuro
Terça-Feira, 05.08.2025 14h42