O estado de saúde de dois sobreviventes do acidente que matou mãe e filha mato-grossenses em uma churrascaria no Paraná é considerado grave. Edson Mariano, marido da empresária Rosana Pedroso Favaro, de 45 anos, teve uma perna amputada e o primo dela, Roberto Faváro Ledo, teve laceração no intestino, rompimento de vasos do abdômen, perfuração na bexiga e a bacia quebrada.

Além de Rosana, a filha dela, Sofia Carolina Oliveira, de 20 anos, também morreu. Rosana, Sofia e Edson são donos do Supermecado Bom Preço, Novo Horizonte do Norte (630 km de Cuiabá).

Eles estavam sentados em uma mesa do lado de fora de uma churrascaria em Ibiporã quando foram atingidos por uma caminhonete Amarok conduzida por Eder Henrique Rodrigues, que teve a prisão decretada, em alta velocidade. As duas não resistiram e morreram na hora. 

Eder Henrique, está internado no Hospital Universitário (UH) de Londrina, em estado grave, porém, sob escolta policial. Ele estaria sem cinto de segurança no momento da batida.

O marido de Rosana, foi socorrido até o Hospital Evangélico. Ele teve uma das pernas amputadas.

Já Roberto teve o corpo arremessado contra uma mesa, e caiu desmaiado em seguida. Ele passou por uma cirúrgia e está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HU, com laceração no intestino e rompimento de vasos na parede do abdômen, perfuração na bexiga e a bacia quebrada. 

O delegado de Polícia Civil, Vitor Dutra, pediu a autorização à Justiça para que seja realizado um exame toxicológio no motorista. "Tem um princípio constitucional de que a pessoa não é obrigada a produzir prova contra si mesma e nem é possível a realização de provas invasivas. Não sabemos se ele fez algum tipo de cirurgia ou não, mas requisitei à juíza aval para que a equipe do IML (Instituto Médico Legal) possa ir até o hospital para ver se tem algum material biológico para fazer o exame toxicológico”, detalhou à imprensa paranaense.

SEM CHANCE DE DEFESA

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu que a Justiça decrete a prisão preventiva do motorista Eder Henrique Rodrigues. O Órgão Ministerial apontou a violência do acidente e a "forma repentina" que o veículo avançou sobre as vítimas, "não havendo nenhuma possibilidade de se defenderem".

Em outro trecho, a Promotoria traz o depoimento de um policial militar que atendeu a ocorrência. Ele detalhou que a caminhonete "veio pela contramão e passou por uma preferencial antes do acidente". 

A prisão foi decretada.