Uma mulher foi presa após xingar um policial militar do Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam) de "preto  safado" e "macaco" durante uma ocorrência em uma conveniência de um posto de combustível, em Várzea Grande, na noite deste domingo (23). De acordo com o boletim de ocorrência, o crime injúria racial aconteceu quando a polícia recebeu uma denúncia de que um homem possivelmente armado estava no local.

No local, os policiais constataram que o suspeito possuía um mandado de prisão em aberto. Durante a abordagem principal, enquanto uma equipe da Rotam prendia o homem, duas mulheres foram interceptadas por outros policiais.

Elas supostamente haviam mostrado o dedo para os policiais quando a viatura passou pelo local. Ao serem questionadas sobre o gesto, uma delas se exaltou.

Contudo, quando os policiais retornaram para prestar apoio, uma jovem de 21 anos proferiu palavras de cunho racista. “Me respeita, seu preto ridículo! Meu pai é advogado, conheço pessoas importantes. Você não sabe com quem está mexendo”, ameaçou.

Após, ambas as mulheres foram mandadas a levantarem de suas cadeiras para que as bolsas fossem revistadas, porque seriam levadas à delegacia por desacato e injúria racial. Os PMs pediram que se levantassem e colocassem as mãos para trás.

Uma das jovens, bastante agitada, tentou impedir que a amiga fosse algemada. Durante a elaboração do boletim de ocorrência, uma suspeita de 21 anos voltou por  várias a proferir palavras racistas.

As mulheres apresentavam ferimentos.Uma delas tinha um corte na testa, possivelmente resultado do algemamento ou de autolesão dentro da viatura, onde se debatia. A suspeita disse que apanhou dos policiais.

A outra apresentava lesões no braço devido ao uso de algemas e ferimentos na boca, resultado por ser debater no compartimento da viatura, aponta o BO. Elas foram encaminhadas à UPA Cristo Rei e, posteriormente, ao PSHMVG, onde receberam atendimento médico, foram medicadas e liberadas.

O caso foi levado à Polícia Civil para investigação. Um vídeo que mostra a detenção das mulheres viralizou nas redes sociais. Até aquele momento, não se sabia o motivo pelo qual as mulheres estavam sendo presas.