Quinta-Feira, 28 de Novembro de 2024, 09h16
OFFICE CRIME
PC apreende ouro e mira 3 advogados em Cuiabá; veja lista de alvos
Dias antes de ser morto, advogado denunciou colega alvo de operação
ALEXANDRA LOPES e LEONARDO HEITOR
Da Redação
Os alvos da operação Office Crime, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), que investiga a morte do advogado Renato Gomes Nery, ocorrida em 6 de julho deste ano, são os advogados Antonio João de Carvalho Júnior, Agnaldo Bezerra Bonfim e Gaylussac Dantas de Araújo. O trio atua em Cuiabá.
Também estão na mira das investigações dois alvos em Primavera do Lest: os empresários Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi. A ação policial foi deflagrada nas primeiras horas desta quinta-feira (28) e cumpre cinco mandados de busca e apreensão.
Em Cuiabá, as diligências foram realizadas no Escritório JB Advocacia, localizado na Rua Presidente Marques. Também fizeram varredura em casas nos Florais dos Lagos, Florais Cuiabá e também Terra Golf.
Na casa do advogado Gaylussac Dantas, a PJC encontrou 11 barras de ouro e dinheiro em espécie. O montante ainda não foi contabilizado.
Aparelhos telefônicos e computadores no escritório do advogado Gaylussac, em Cuiabá, também foram apreendidos. Os mandados estão sendo cumpridos em endereços residenciais e no escritório de advocacia dos investigados nas cidades de Cuiabá e Primavera do Leste.
Os alvos são advogados e empresários. Os fatos apurados nas investigações da delegacia especializada apontam a disputa de terras como a motivação para o homicídio de Renato Nery.
DENÚNCIA
Dias antes de seu assassinato, Renato fez uma representação junto à Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT), pedindo a investigação de um colega de profissão. No documento, ele citava uma disputa judicial referente a uma propriedade rural de mais de 12 mil hectares, que tramita há 40 anos, e também menciona a execução do advogado Roberto Zampieri, ocorrida em dezembro de 2023, em circunstâncias semelhantes.
A representação disciplinar formulada por Renato Gomes Nery pedia uma investigação contra o também advogado Antônio João de Carvalho Júnior [agora alvo da PJC] onde narrava uma disputa judicial que já dura 40 anos. No documento, o jurista, ainda aponta que o imbróglio se trata de uma ação de reintegração de posse, proposta por uma mulher contra o cliente do seu colega de profissão.
Na denúncia, Renato Nery cita que dezenas de pessoas fazem parte de um complô para tomar áreas na cidade de Novo São Joaquim. São destacados nomes de desembargadores, juízes, advogados, filhos de magistrados, empresários do agronegócio, além de um ex-secretário da Casa Civil do Governo de Mato Grosso que hoje atua como advogado em Brasília (DF).
O documento, com 26 páginas, foi encaminhado à presidente da OAB-MT, Gisela Alves Cardoso, três semanas antes do assassinato. Na representação, Renato Gomes Nery explicou que foi contratado para atuar no caso em outubro de 1988, quando o processo tramitava em Barra do Garças.
A área em questão possuía 12.413 hectares, na região do Projeto Itaquerê, e, desde então, iniciou-se uma disputa que envolveu supostas irregularidades em assinaturas, invasões de terra e ocupação por posseiros. Renato Gomes Nery narrou, no documento, que chegou a receber uma parcela de 2.579 hectares da propriedade como pagamento de seus honorários, em novembro de 2001. O jurista apontava ainda um suposto ‘formigueiro humano’ preparado para usurpar o direito de receber seus honorários obtidos no longo processo de reintegração de posse.
OFFICE CRIME
As medidas cautelares foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), após representação dos delegados da DHPP responsáveis pela investigação. As buscas são um meio de obtenção de provas para apurar a participação dos investigados no crime de homicídio qualificado e organização criminosa contra o advogado.
O nome da operação faz referência a um escritório do crime criado para a execução do delito. Os delegados à frente do inquérito policial, que está sob sigilo, não se manifestarão à imprensa neste momento, para não atrapalhar o andamento das investigações.
NOTA DA OAB
zavi | 28/11/2024 11:11:57
Rapaz, o que tem de advogado tranqueira aqui em MT, não tá escrito.
Cuiabano | 28/11/2024 09:09:56
E quando será que irão no ed Cuiabá work center , ali tem dois advogados irmãos que farreiam em interferências de decisões com aval do pai magistrado e atual corregedor. Tráfico de influência uso de prestÃgio e estelionato processual ali é pouco .
Bolsonaro | 28/11/2024 09:09:23
Essa OAB sei não estou com procurador Deusdete.
Dupla assalta homem; rouba celular e aplica golpes em VG
Segunda-Feira, 23.06.2025 20h30
Maníaco esmaga cabeça de mulher por quebrar celular em MT
Segunda-Feira, 23.06.2025 20h29
TJ mantém pena de cabo por executar amante grávida em VG
Segunda-Feira, 23.06.2025 19h22
Após matar e enterrar vizinha, feminicida foi trabalhar em sítio em MT
Segunda-Feira, 23.06.2025 19h15
Homem é encontrado morto ao lado da moto em estrada
Segunda-Feira, 23.06.2025 19h06