Terça-Feira, 26 de Setembro de 2023, 09h36
LEVERGER
Presídio abandonado vira sede de delegacia improvisada
SILVANA RIBAS
Gazeta Digital
Unidade prisional desativada pelo governo em 2021, para ser reformada e receber 70 reeducandos em regime semiaberto, está abandonada e de forma precária teve parte do prédio transformada em delegacia da Polícia Civil. Trata-se do Presídio Militar de Leverger, fundado em 1985, com capacidade para 60 presos e instalado em Santo Antônio de Leverger (34 km ao sul). O prédio não oferece acessibilidade e a população que procura atendimento enfrenta um calor insuportável, sem ventilador ou ar condicionado, em um saguão improvisado.
Equipe do Jornal A Gazeta esteve na unidade na sexta-feira (22) e conversou com moradores. Cristovão Marcolino da Silva, 50, transpirava muito enquanto aguardava atendimento. Precisava ser ouvido em inquérito policial. Classificou de vergonhosa a situação da unidade, que funciona há cerca de 4 meses no local. Segundo ele, precisou peregrinar várias vezes até Chapada dos Guimarães para tratar do inquérito, já que o delegado do município, distante quase 100 km, que respondia pelos procedimentos na cidade.
A delegacia hoje ocupa algumas salas da parte frontal do antigo Cadeião de Santo Antônio. Sala do delegado, dois cartórios para escrivães, sala para policiais e uma pequena cela, sem energia elétrica. Conforme servidores, a situação estava bem pior. Graças às filmagens feitas no local pelo cineasta Bruno Bini, que produziu um filme durante 3 dias na unidade, hoje a situação é melhor. O cineasta bancou a limpeza do prédio, que usou como locação e, com isso, os servidores foram beneficiados.
Só uma pessoa faz a limpeza do prédio, mas não diariamente. Problemas na parte elétrica trazem riscos. Mato e sujeira atraem animais peçonhentos, vindos da parte abandonada da cadeia, onde estavam as celas. Inclusive, duas torres de observação trazem receio de acidentes, pois há anos não sofrem qualquer tipo de manutenção. No pátio, uma BMW, apreendida em ação policial, se deteriora no tempo. O motivo porque o carro ainda se encontra na unidade é um mistério para quem atua lá.
Recentemente, uma moradora cadeirante não conseguiu entrar no prédio, pois o único portão de acesso é de metal e pesado, está com os rolamentos estragados e somente uma pequena porta central se abre, mas uma trava na parte inferior impede o acesso de cadeira de rodas.
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