Quarta-Feira, 29 de Novembro de 2023, 15h30
ÁGUAS
AL veta "popularização" de garrafões em MT; deputado denuncia lobby de empresas
Diego alega que foi procurado por Lebrinha e Puríssima
ALEXANDRA LOPES
Da Redação
Os deputados estaduais mantiveram o veto do governador Mauro Mendes (UB) ao Projeto de Lei 1622/2023, que visava instituir a obrigatoriedade do sistema retornável intercambiável para os garrafões de água mineral natural e água potável de mesa. A decisão ocorreu durante sessão ordinária realizada na manhã desta quarta-feira (29). O veto foi mantido por 12 votos a 11.
O autor da proposta, Diego Guimarães (Republicanos), criticou o arquivamento do texto, destacando o lobby de empresas do ramo e Palácio Paiaguás por ceder à pressão. O Governo do Estado vetou integralmente o projeto em 24 de outubro, classificando o texto como inconstitucional por usurpar competência conferida à União Federal para legislar de forma exclusiva sobre direito civil, comercial, águas, jazidas, minas, e por afrontar o princípio de proteção de marca.
"Infelizmente, 11 deputados que havíamos discutido votaram a favor na primeira e segunda votação e hoje votaram pela manutenção do veto. Fico muito triste e faço uma crítica direta. Vetaram um projeto que não tratava sobre a administração pública ou orçamento público. Não estávamos legislando sobre uso de recursos minerais, mas sim sobre o direito do consumidor. Alertei sobre o que estava acontecendo e sobre os poderes que estavam influenciando esse projeto e o que fizeram para derrubá-lo. Duas grandes empresas, Puríssima e Lebrinha, não cansaram de me procurar. Procuraram também vossas excelências. Contrataram um escritório de advocacia forte e influente. Isso me entristece muito", disparou o deputado Diego Guimarães.
Em discurso inflamado, o parlamentar afirmou ainda que apresentará novamente o projeto, sem dúvida alguma. "A mesma energia que gastaram, e não sei mais o que gastaram para barrar esse projeto de lei, terão que usar novamente, porque eu sou incansável. No Parlamento, aprendi que a cada derrota fico mais forte", concluiu.
Já as empresas defenderam o equilíbrio do Legislativo. “Parabenizamos aos Deputados da ALMT que concordaram com a inconstitucionalidade chapada do PL 1622/23, declarada no veto do Governador, entendendo que o projeto somente visava beneficiar algumas empresas do setor, em detrimento à segurança alimentar dos consumidores mato-grossenses. Ao contrário do que defendeu o relator da proposta, a liberdade de escolha dos garrafões sempre foi preservada e praticada no comércio local. Não acreditamos que esse tema retorne à pauta no ano de 2024, até porque nenhum outro estado possui lei vigente nesse sentido”, afirma o advogado Leonardo Silva Cruz, do escritório Silva Cruz & Advogados Associados
A proposta de Diego proibia a produção e a comercialização de embalagens retornáveis de uso exclusivo em todo o território mato-grossense, assim como a inclusão de marca moldada, seja da empresa envasadora ou do distribuidor, em novos garrafões destinados ao envase de água mineral natural e água potável de mesa. De acordo com Diego Guimarães, a principal finalidade do projeto é garantir a liberdade para que os consumidores possam adquirir água da empresa que escolherem sem vinculação a nenhuma marca.
Anderson Costa | 29/11/2023 21:09:01
Claramente o projeto do deputado era pra beneficiar outras empresas. O consumidor tava sendo usado como cortina de fumaça. Uma indústria fabrica a embalagem e vem outra e pega a embalagem de graça? Ai fica fácil né ? Rs Cada uma. Claro q cada empresa tem que colocar o seu produto na menagem q ele mesmo fabricou, óbvio isso.
MMNUNCAMAIS | 29/11/2023 19:07:22
Srs.deputsdos e governador beneficiaram as empresas interessadas e únicas que não aceitam que o consumidor leve suas águas com garrafões de outras empresas,Lebrinha e PurÃssima,agora,o código do consumidor,proÃbe venda casada e essa obrigatóriedade de levar a água com a troca dos garrafões exclusivos delas é venda casada ou não é?LEBRINHA E PURÃSSIMA NUNCA MAIS.
André | 29/11/2023 17:05:49
Virou uma zona ir em estabelecimentos e não ter a marca do garrafão que se leva na troca. Mas polÃtico que não se dá a esse trabalho jamais saberá desse inconveniente e transtorno.
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