Quinta-Feira, 20 de Março de 2014, 08h45
POLITICAGEM
Apesar da maior densidade eleitoral, Lúdio é rejeitado pela base governista
DC
A possível filiação do juiz federal Julier Sebastião da Silva ao PMDB não garante o apoio da totalidade do PT à pré-candidatura do ex-vereador Lúdio Cabral (PT) ao governo do Estado. A ala petista simpática ao projeto do magistrado ao Paiaguás deve continuar defendendo seu nome para a disputa.
A tendência é de que a militância do PT continue rachada, principalmente porque o PMDB é um de seus maiores aliados. A situação pode até contribuir para a derrubada do nome de Lúdio em definitivo. Isso porque ele contava com o apoio de lideranças peemedebistas ao seu lançamento de candidatura.
Um dos defensores da candidatura de Julier dentro do PT, o deputado estadual Alexandre César (PT) acredita que a disputa interna que teria que enfrentar no partido foi o principal motivo que levou o magistrado a optar pelo PMDB.
“O PT oficializou o convite ao Julier no ano passado, mas de lá para cá uma parte do partido mudou de opinião. Acredito que isto levou ele a optar por outro partido”, avalia.
É também Alexandre César quem afirma que a decisão do magistrado não significa, necessariamente, uma união do PT em torno da pré-candidatura de Lúdio. Segundo ele, o partido ainda vai analisar o novo cenário para decidir um posicionamento.
“Vamos discutir esta questão. Até o momento, vínhamos trabalhando com um cenário, agora temos um novo que tem que ser analisado”, pondera.
Lúdio se colocou à disposição do partido para disputar o governo no final do ano passado. Em janeiro, começou a percorrer o interior na tentativa de viabilizar sua pré-candidatura. Chegou, inclusive, a viajar para Brasília para dialogar com lideranças nacionais, entre elas a presidente Dilma Rousseff (PT).
O presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), foi um dos que acompanharam o ex-vereador à Capital Federal e chegou a articular reuniões entre ele e o presidente nacional da sigla, senador Valdir Raupp (PMDB/RO), bem como com o vice-presidente Michel Temer.
Apesar de poder sair prejudicado, Lúdio avalia como positiva a hipótese de Julier se filiar ao PMDB, “pois teremos mais uma boa opção entre os partidos da nossa base para disputar a eleição deste ano”, afirma.
Independente do apoio das cúpulas petista e peemedebistas, o ex-vereador já conseguiu a quantidade mínima – 450 - de assinaturas de filiados para registrar sua pré-candidatura junto ao PT. O prazo de inscrição na legenda termina no início de abril.
É também no começo do mês que vem que Julier deve oficializar a adesão ao PMDB. A previsão é que ele se aposente da magistratura no dia 1 e se filie à legenda já no dia seguinte.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (18). A decisão teria sido tomada em uma reunião entre o juiz e peemedebistas no início da semana.
PSD
Quem também teve os planos iniciais de candidatura ao Paiaguás abalados recentemente foi o vice-governador Chico Daltro (PDS). O social-democrata vinha contando com a chance de assumir o governo ainda neste ano e se fortalecer ao pleito desta forma, devido à possível renúncia do governador Silval Barbosa (PMDB) para disputar o Senado.
O peemedebista, no entanto, anunciou que concluirá o mandato. Apesar disso, no PSD a afirmação é de que a pré-candidatura de Daltro continua posta.
Para o secretário-geral do partido, deputado estadual José Riva, a decisão de Silval não inviabiliza o projeto. “Ele [Daltro] continua tentando viabilizar sua candidatura. Não acho que a permanência do governador o prejudicou. Uma coisa independe da outra”, avalia.
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