Política

Quinta-Feira, 20 de Abril de 2023, 09h15

OPERAÇÃO CURARE 4

Avião comprado com propina caiu e matou médico em MT; prédio luxuoso é alvo da PF

Operação da PF já tinha sido "antecipada" pelo Governo de MT

LEONARDO HEITOR

Da Redação

 

O avião citado pela Polícia Federal durante a deflagração da quarta fase da Operação Curare, nesta quinta-feira (20), seria um Embraer EMB-711 “Corisco”, prefixo PT-NHH, que se acidentou em Poconé (104 km de Cuiabá), em agosto de 2021. Um dos que estava na aeronave era o médico George da Costa Melo, de 39 anos, que havia atuado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pascoal Ramos e na Policlínica do Verdão. Ele morreu após ficar internado por 47 dias, em decorrência do acidente. 

O acidente foi citado pela Polícia Federal, por conta da deflagração da Operação Curare IV, nesta quinta-feira. As investigações apuram o desvio de recursos públicos destinados à saúde do Município de Cuiabá, na ordem aproximadamente de R$ 3 milhões. Os agentes identificaram que, com o dinheiro dos desvios, o grupo empresarial teria adquirido uma aeronave, que veio a se acidentar no Pantanal, quando supostamente estava em uso por pessoas ligadas ao ex-servidor investigado.

Em 8 de agosto de 2021, o Embraer EMB-711 “Corisco”, prefixo PT-NHH, caiu em Poconé, por falta de combustível. O piloto e outras três pessoas que estavam na aeronave foram socorridas com ferimentos e encaminhadas ao hospital. 

A aeronave, fabricada em 1976, está registrada em nome de Sebastião Rodrigues de Arruda e havia sido comprada no dia 10 de maio de 2021, ou seja, três meses antes do acidente. Produzido no Brasil pela Embraer, ela tem capacidade para quatro ocupantes, sendo um piloto e é um avião monomotor, com preço médio de R$ 650 mil, dependendo das especificações.

 

Vítima do acidente, George da Costa Melo havia atuado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pascoal Ramos e na Policlínica do Verdão e, na ocasião, trabalhava na UPA do Ipase, em Várzea Grande.

Prédio de Luxo

Um dos alvos da Operação Curare IV é um médico e empresário que reside no Residencial Bonavita, em Cuiabá. O condomínio, localizado em frente ao Shopping Pantanal, é considerado de luxo e uma unidade no empreendimento não sai por menos de R$ 750 mil, com alguns apartamentos avaliados em mais de R$ 1 milhão.

Governo ‘antecipou’ Operação

Em uma manifestação feita pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) na ação sobre a intervenção do Governo do Estado na Secretaria Municipal de Saúde, revelava a terceira fase da Operação Curare. Posteriormente, o órgão afirmou tratar-se de um equívoco, e que estava na verdade citando a Operação Cupincha, mas uma semana depois, foi deflagrada a quarta fase da Operação Curare.

Prefeitura se manifesta

A Prefeitura de Cuiabá se posicionou em uma nota, afirmando que se pauta “pelo princípio da moralidade e do zelo ao erário público, refuta qualquer atuação contrária a essa premissa e estará à disposição dos órgãos de investigação para auxiliar a devida apuração a respeito deste ex-servidor”.

PF, Curare 3

acidente aviao pocone, medico George, Curare 3

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Comentários (3)

  • Djuca  |  20/04/2023 22:10:34

    Prenderam o prédio de luxo?

  • Bolsonaro  |  20/04/2023 10:10:59

    Falta paletó... Lula também.

  • Marcelo F |  20/04/2023 09:09:11

    Um médico para ser muito meia boca consegue tirar uns R$ 50 mil/mês, então se o mesmo se propõe a esse tipo de situação, é questão de caráter mesmo.

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