Apesar de ter um discurso bolsonarista, a empresária Mirtes Grotta (Novo) não vê problema em montar chapa com partidos de centro-esquerda para viabilizar sua candidatura à Prefeitura de Sinop. A avaliação foi feita durante lançamento da sua pré-candidatura, na noite desta segunda-feira (1º).

"Eu não vejo (o PSDB) tão como centro-esquerda, eu acho que em cidades menores, apesar de Sinop não ser pequena, nós temos que olhar para as pessoas, do que para algumas pessoas do partido a nível Brasil", minimiza, ao responder sobre uma possível rejeição da direita ao PSDB, durante coletiva de imprensa.

O PSDB foi oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL) e defendeu, em 2021, o impeachment do então presidente no Congresso Nacional. Lideranças nacionais do PSDB apoiaram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais contra Bolsonaro.

"O que o partido Novo defende: você não pode fazer três coligações, PT, PCdoB e PSOL, o resto todo dá para sentar e conversar. Na linha de definições, na linha de condutas do partido, tem muitos princípios que são semelhantes", defende a pré-candidata.

O presidente do Novo em Sinop, Antônio Galvan, afirmou que "direita e esquerda são meras palavras" e que estaria faltando alguns detalhes para finalizar as tratativas e construir uma só candidatura de oposição. 

Ele defende a união, em uma chapa, de Dalton Martini (Podemos), a empresária Mirtes, e o vereador Adenilson Rocha, para disputar contra a reeleição do atual prefeito, Roberto Dorner (PL). 

"Não existe a mínima possibilidade de nós três não estarmos juntos. A gente já tem isso convicto com nos, são alguns detalhes que estão se conversando e se ajustando. E independentemente, se sair, vamos dizer, três candidatos, do Podemos, Novo e PSDB, é suicídio", avalia Galvan.

A confirmação da empresária como cabeça de chapa ou candidata a vice-prefeita na composição com outros partidos, ocorrerá apenas nas convenções partidárias, que acontecem entre os dias 20 de julho e 5 de agosto.