Após quase duas décadas em sede improvisada e com problemas estruturais, Mesa Diretora de Cuiabá busca terreno para construir a nova Casa e resgatar o prédio atual como patrimônio cultural. Há 18 anos, a Casa de Leis da Capital ocupa o antigo Palácio Paschoal Moreira Cabral, um prédio construído na década de 1970 para abrigar a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

A primeira vice-presidente da Casa, vereadora Maysa Leão (Republicanos), descreve o cenário com franqueza: “O local onde a gente faz entrevistas não é adequado. Esse prédio está caindo em cima da nossa cabeça”. Segundo ela, cerca de 90% do orçamento da Câmara é consumido pela folha de pagamento, restando apenas 10% para manutenção e melhorias em um prédio antigo e desgastado.

Diante da situação, a presidente da Câmara, Paula Calil (PL), formalizou um pedido à prefeitura para a cessão de um terreno onde possa ser construída uma nova sede. “Sim. Nós já estamos conversando sobre isso, até porque esse espaço onde a Câmara está instalada hoje ainda não é do município de Cuiabá. Ainda é do governo do Estado, em um termo de uso. Precisamos regularizar essa situação e buscar uma nova estrutura”, afirmou.

Segundo Paula, três áreas foram sugeridas para análise da prefeitura, entre elas uma próxima ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). A tramitação do pedido ficou parada durante o período de intervenção na saúde e estado de calamidade pública, mas com a retomada do diálogo, a expectativa é que o Executivo defina uma das áreas para que a Câmara possa buscar recursos e inicio ao projeto.

“Essa do HMC está dentro do hall. O pedido foi uma cessão de terreno para que a gente possa, daí, ir atrás de verbas para fazer a construção e liberar esse prédio para que se torne um museu”, explicou Maysa Leão.

Entre os principais problemas enfrentados atualmente pela Câmara estão as deficiências na parte elétrica, infraestrutura precária e equipamentos ultrapassados. “Nós temos computadores do ano de 2019 que já estão obsoletos. Vocês estão aqui todos os dias e sabem que direto a sessão para e fica rodando”, destacou Paula Calil.

A presidente defende que a construção da nova sede é necessária para modernizar o Legislativo e oferecer melhores condições de trabalho. “Nós estamos economizando para organizar a casa. Embora tenham aumentado as nossas despesas, ainda conseguimos manter economia. É necessário para que a gente possa adequar a estrutura da Câmara à realidade que Cuiabá precisa.”