Segunda-Feira, 07 de Julho de 2025, 22h38
ESTACIONAMENTO
CPI vê "negócio da China" para empresa que vai lucrar R$ 510 milhões em Cuiabá
Contrato feito na gestão de Emanuel dá FPM como garantia a CS Mobi
Da Redação
O vereador Dilemário Alencar (UB) afirmou nesta segunda-feira (7) na oitiva da CPI do Estacionamento Rotativo, que o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) foi irresponsável ao firmar um contrato onde a prefeitura vai ter que pagar R$ 650 milhões para uma empresa privada construir obras que custariam R$ 144 milhões. Pelo contrato de concessão do estacionamento rotativo, a empresa CS Mobi ficou responsável por construir o novo mercado municipal Miguel Sutil, obras de requalificação de calçadas e dos calçadões das ruas Antônio Maria e Antônio João.
Também ficou responsável pela implantação, gerenciamento e cobrança de tarifa do sistema do estacionamento rotativo. “Essa oitiva foi muito importante para deixar claro que a gestão de Emanuel firmou contrato para a prefeitura fazer aporte financeiro mensal de R$ 1,1 milhão para a CS Mobi. No total, a prefeitura vai ter que pagar o valor de R$ 650 milhões para a concessionária. Entretanto, esse valor corrigido com a correção monetária que foi pactuada no contrato, a prefeitura poderá pagar no decorrer de 30 anos mais de R$ 1 bilhão para a CS Mobi executar obras que vão custar R$ 144 milhões”, explicou o vereador Dilemário.
“O depoimento do ex-prefeito na CPI deixou muito claro que o contrato do estacionamento rotativo foi muito lesivo para o município de Cuiabá. A CS Mobi vai construir obras com dinheiro da prefeitura e ainda vai sobrar para ela mais de R$ 510 milhões de dinheiro público, sem considerar as correções monetárias. Foi um “negócio da china” que Emanuel concedeu para a concessionária”, apontou o parlamentar cuiabano, que é relator da CPI do Estacionamento Rotativo. O parlamentar citou ainda que mesmo recebendo recursos públicos, a CS Mobi está autorizada a cobrar estacionamento de vagas existentes em ruas de Cuiabá.
A empresa já arrecadou com cobrança do povo cuiabano mais R$ 4 milhões e emitiu mais de 80 mil multas para a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, a Semob. "Eu defendo que esse contrato seja revisto, pois é muito ruim para os cofres da prefeitura e para o bolso do cidadão cuiabano. Ademais, o ex-prefeito cometeu improbidade administrativa para beneficiar a CB Mobi quando fez aditivo ao contrato, sem consentimento da Câmara Municipal, para a concessionária fazer bloqueios no Fundo Participação dos Municípios, o FPM pertencente a Cuiabá. A empresa sacou R$ 8,6 milhões do FPM”, comentou o vereador.
“Também agiu para beneficiar a CS Mobi quando entrou com ação na justiça e derrubou a isenção no estacionamento para idosos e pessoas com deficiência. O tempo inteiro ele jogou para beneficiar essa empresa. É por isso que dizem que Emanuel age como sócio oculto dessa empresa que cobra estacionamento do povo e recebe milhões de dinheiro público”, concluiu o vereador Dilemário Alencar.
Wilson | 08/07/2025 07:07:58
"Seu" Ademir, o STF só é ruim pro gado! porquê impediu o paÃs de uma tragédia maior! a sorte dos brasileiros de bom senso é que um STF maiúsculo para nos defender! senão estaria igualzinho a terra do Tramp lá! uma calamidade!
Pedro Lomanho | 08/07/2025 07:07:42
Quem são os sócios-proprietários des empresa CS Mobi ?
Julio | 08/07/2025 07:07:23
Os novos prefeitosCuiabá,Várzea Grande e Rondonópolis receberão prefeituras quebradas em razão da péssima gestão dos que deixaram o cargo. Mas o Paletó se superou,ganha disparado de todos os outros...Cuiabá não merece.
Citizenship | 08/07/2025 02:02:08
As informações sobre o referido contrato continuam insuficientes. Se a prefeitura terá que pagar R$ 650 milhões e mensalmente o desembolso previsto é de R$ 1,1 milhão, então o contrato teria duração de quase 600 meses, ou 50 anos, o que é muitÃssimo improvável. Além disso, nesta conta, não se está considerando o valor arrecadado, que se deve subtrair do valor pago. E, é bastante provável que a arrecadação supere o valor pago, gerando superávit para a Prefeitura, mesmo considerando-se os demais investimentos que a empresa fará na cidade, para além da manutenção dos estacionamentos rotativos. Por fim, a empresa privada, no decorrer dos anos, modernizará as tecnologias usadas na prestação de serviço, certamente, sem que haja necessidade de novas licitações, aumentando a agilidade na prestação de serviços. Por que os vereadores e a CPI não publicam cópia do contrato num portal internet, divulgando amplamente o endereço para que todos os moradores possam acessar e tomar conhecimento completo do seu conteúdo, inclusive dos anexos de precificação e modelagem da operação? Já passou da hora de criar controvérsias mal elaboradas usando-se da ausência de informações à população dos documentos oficiais. A Lei de Transparência da Informação permite dar publicidade completa aos contratos firmados entre particulares e administração pública municipal.
Ademir | 07/07/2025 23:11:30
Uma pergunta, cadê a Justiça, cadê o MP, cadê o TCE, cadê está justiça brasileira que cada vez mais está no buraco pela vergonha que o STF reproduz a todos em cascata!!!! Isso é inconcebÃvel, fácil de ser anulada e os responsáveis presos !!!
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