Arquivado pela ala conservadora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o projeto que criaria o Conselho Estadual LGBTQIA+ segue sendo rechaçado pelos deputados que são contrários ao desenvolvimento de políticas para as minorias.

Embora os parlamentares sejam eleitos para defender os direitos da sociedade de forma global, o deputado estadual Thiago Silva (MDB) justificou ser contra a "prática LGBTIQA+".

"Eu mesmo não sou contra a pessoa, seja ela travesti ou outro gênero, mas sou contra a prática dessas pessoas. Por isso, a gente não aceita", disse ao programa Opinião (TV Pantanal, canal 22), na quarta-feira (16).

A fala ocorreu quando Thiago comentava sobre a decisão dos parlamentares em arquivar o projeto. De autoria do governo do Estado, a pauta visava ampliar a participação política e o controle social das ações públicas de incentivo à cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Entretanto, a matéria foi reprovada por 11 votos contra 5 após sofrer vários nocautes e muita resistência dentro da Casa de Leis. Os únicos a se manifestarem favoráveis foram os deputados Allan Kardec (PDT), Janaina Riva (MDB), Carlos Avallone (PSDB), Valdir Barranco (PT) e Lúdio Cabral (PT).

Nesse sentido, Silva afirmou que a maioria dos deputados são "cristãos-conservadores" e por isso não compactuam com a pauta, que enfrenta uma resistência histórica no Legislativo Estadual. "Pelo nosso posicionamento de cristão a gente não aceita. Eu acredito que a Assembleia Legislativa tem uma maioria cristã conservadora e por isso esse tipo de projeto não foi avante", finalizou.