Política Terça-Feira, 12 de Agosto de 2025, 15h:31 | Atualizado:

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CRISE

Vereadores ficam do lado de prefeito em "briga"

 

FRED MORAES e PABLO RODRIGO
GAZETA DIGITAL

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Os vereadores de Cuiabá ficaram ao lado do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), na crise entre ele e a vice-prefeita Vânia Rosa (Novo), que vem ocorrendo desde a sua demissão do cargo secretária de Mobilidade Urbana (Semob) da capital. O vereador Daniel Monteiro (Republicanos), afirmou que Vânia demonstrou falta de diplomacia em sua relação com os parlamentares, o tornou insustentável sua permanência no cargo.  

“Ela foi muito infeliz ao chamar a Polícia Militar para acompanhar. Quando eu chamo a PM, é porque eu acho que tem algum marginal do meu lado. Porque eu estou com medo de alguém me incriminar, que eu estou com medo de alguém cometer algum crime em relação a mim. E o prefeito da capital não é marginal. Por que ela chamou a polícia militar para acompanhar uma visita do prefeito?”, questionou Monteiro.  

“Se você perguntar para mim, o que o prefeito foi fazer no sábado à tarde, uma fiscalização sem que tivesse atendimento ao público, eu também acho que desnecessário, mas ele tem o direito de fazer isso. Ele é prefeito da capital. Aí chama a polícia, advogado, causar toda aquela situação constrangedora. Vão me desculpar, todo mundo sabe aqui que eu aliso para o Abilio, mas nesse caso ele foi muito desrespeitado”, completou.   

A vereadora Michelly Alencar (União), afirmou que foi desnecessário a exposição do prefeito e vice nas redes sociais com os vídeos da fiscalização do prefeito na sede da Semob, mas que Abilio teria divulgado para evitar qualquer mal-entendido.  “O prefeito inclusive divulgou o vídeo para mostrar que eles não brigaram, como muita gente estava falando, que não teve ânimos exaltados. Mas é um perfil de cada um”, comentou.  

No entanto, ela lembra que a vice-prefeita desrespeitou vários vereadores e sua ida à Câmara na semana passada, e teria demonstrado certo ‘desequilíbrio’.  

“Me assustei, me surpreendi muito vendo o posicionamento. Nunca, nem no passado, nem nessa gestão e muitos secretários já passaram por aqui prestando esclarecimentos, nunca tivemos um comportamento como a secretária teve. Eu não sei qual foi a motivação dela ter sido agressiva. Eu não sei os bastidores que a fizeram chegar aqui com esse comportamento, mas aqui, eu não tinha absolutamente nada, nada, nada a questionar com relação ao comportamento dela. Mas a partir do posicionamento aqui com a nossa presidente, sendo desrespeitada, outros vereadores foram desrespeitados, inclusive o líder do prefeito (...) assim foi um comportamento desequilibrado que eu considero desfavorável nesse momento”, disse.  

O vereador Coronel Dias (Republicanos) saiu em defesa do militar que registrou o boletim de ocorrência durante a fiscalização do prefeito com a presença da vice, em que relatou que ânimos estavam exaltados.  Para Dias, não se pode responsabilizar o militar, como Abílio afirmou que iria acioná-lo na Corregedoria da Polícia Militar, alegando que ele teria descrito fatos que não ocorreram no boletim de ocorrência.  

“Faço aqui um pedido, tanto a vice-prefeita quanto o prefeito, vamos tirar a polícia militar dessa discussão. Foi uma discussão política e nós não precisamos prejudicar um policial militar ou os policiais militares que estiverem nessa ocorrência”, pontuou.    

O conflito entre Abilio e Vânia ocorreu após ela ser demitida do cargo de secretária de Mobilidade Urbana na última sexta-feira (8). Já na tarde de sábado, durante uma vistoria surpresa na sede da Secretaria em que Vânia foi exonerada. Vídeos postados em redes sociais mostram clima de tensão e a busca por uma chave do gabinete da agora, ex-secretária. 

Vânia chegou ao local, acompanhada de dois policiais militares e de sua advogada. Abilio estava com servidores fazendo vistorias na repartição. Apesar da animosidade momentânea, as chaves foram entregues e na sequência o prefeito conferiu o espaço. O procedimento foi feito, segundo o gestor, assim como tem feito em outras repartições e em dias que os servidores não estão a trabalho para evitar constrangimentos e atrapalhar o andamento dos serviços, ou gerar algum tipo de reação.    

Mesmo sem um grande conflito, a divergência acabou registrada em boletim de ocorrência, em que é citado que a ex-secretária estava “sofrendo de abalo emocional” por não ter sido comunicada formalmente de sua exoneração.





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