Quinta-Feira, 06 de Junho de 2019, 12h50
DELAÇÃO MONSTRUOSA
Estado investiga 14 empresas delatadas por Silval; esquemas somam R$ 240 mi
Construtoras e empresas de fomento mercantil são alvos de Processo Administrativo instaurado pela CGE
RODIVALDO RIBEIRO
Da Redação
A Controladoria Geral do Estado (CGE) instaurou Processo Administrativo de Responsabilização contra 14 empresas que foram delatadas pelo ex-governador Silval Barbosa. Entre os proprietários destas estão o deputado Carlos Avalone (PSDB) e o empresário Valdir Piran.
Entre as obras sob a mira da investigação, diversas relacionadas ao programa de obras da Petrobrás entre os anos de 2012 e 2014. Conforme o apurado pela CGE desde 2018 por meio de auditorias (estas, realizadas desde 2017) e depoimentos, várias das empreiteiras têm indícios de participação em esquemas de pagamento de propina para agentes públicos de modo a serem favorecidos em concorrências públicas para firmar contratos com a Secretaria de Estado de Infraestrura (Sinfra), ocasionando dano considerável aos cofres públicos até um valor de R$ 240 milhões.
Além do acordo de colaboração do ex-governador Silval Barbosa, também está envolvido seu ex-chefe de gabinete, Silvio Cesar Correa. A CGE informou que ao final do processo de responsabilização e somente depois de assegurados ampla defesa e contraditório, podem ser aplicadas multas de até 20% do faturamento bruto das empresas no exercício anterior ao da instauração do processo, reparação integral dos danos causados ao erário, restrição ao direito de participar de licitações e de celebrar contratos com a administração pública.
O PAR foi aberto por meio do extrato de portaria número 77/2019/CGE-COR contra a Piran Sociedade de Fomento Mercantil Ltda (em suas filiais em Brasília e Cuiabá e na matriz na capital), representada por Valdir Agostinho Piran, Pedro Arminio Piran, Valdir Agostinho Piran Junior, Maria Augusta Mantovani Piran; Construtora Nhambiquaras Ltda, com sede em Várzea Grande e representada por Eduardo Rodrigo Botelho e Rômulo César Botelho; Destesa Engenharia e Construções Ltda , com sede em Goiânia-GO e representada por Gervasio Becker, Barbara Caroline Becker E Marcus Vinicius Becker; EBC – Empresa Brasileira de Construção Ltda, com sede em Cuaibá e representada por Jose Irineu Fiacadori e Marina Moraes Silva Fiacadori; O.K. Construção e Serviços Ltda, com sede em Alta Floresta e representada por Luciana Mari Okubo e Cenaria Gualberto de Sousa; SEMEC - Serviços De Engenharia E Construções Ltda, com sede em Confresa erepresentada por Hilário Moacir Herter, Odete Jost Herter e Sandro Moacir Herter e TR Predicom Terraplenagem E Pavimentação Ltda, com sede em Sinop e representada por Anelise Salton e Delmar Saul Salton.
“Conforme análise dos autos sob o protocolo n° 446040/2017, com o intuito de apurar eventuais atos lesivos praticados contra a Administração Pública e descritos no artigo 5º, incisos I, II e III, da Lei Complementar nº 12.846/2013 e artigo 88 da Lei nº8.666/1993, e as responsabilidades deles decorrentes, observando-se a aplicação dos princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, na forma em que dispõe o Decreto Estadual nº 522/2016, e se comprovadas as práticas de irregularidades, ensejará a aplicação das penalidades descritas pelo artigo 6º, da Lei Federal nº 12.846/2013 e do artigo 87 da Lei Federal n. 8.666/93”, consta no documento que abre oficialmente o PAR.
Foram designados os servidores Sirlei Fátima Romanzini, José Esperidião da Costa Marques Filho e Elayne Cristina de Almeida Caporossi Silva para a comissão incumbida de proceder à apuração dos fatos. Quem assina o documento é o secretário controlador geral do Estado, Emerson Hideki Hayashida.
marcia | 06/06/2019 15:03:15
tem agente e fiscal da sefaz envolvido?
Paulo Boss | 06/06/2019 14:02:16
Porque sera que não aparece o nome dos sócios da Nhambiquaras Ltda.. ??? Será que esta mÃdia esta conivente ??
Henrique Dias | 06/06/2019 14:02:05
A Nhambiquara não tem representante Folhamax? Se for politico é blindado?
Roberto Wobeto | 06/06/2019 13:01:04
Que DEUS os proteja para em mandatos próximos roubarem igual ou mais. Eu, um peq. ou micro empresário, comprei uma máquina por 100 mil reais em SC, financiada em 5 anos pelo BB. para produzir blocos e pisos de concreto durante as obras da copa. Havia um entendimento ou decreto, não sei como chama, que esses maquinários seriam isentos de ICMS e outros impostos etc...por serem obras da copa. RESULTADO: O maquinário chegou no estado e entrou normal. Como se aqueles decretos valessem, porém logo depois a SEFAZ, lançou um débito de diferença de ICMS, assim como se a máquina fosse para uma loja e ser comercializada como mercadoria, porém a máquina é equipamento de produção numa industria. Não bastassem as reclamações na SEFAZ, sobre o acontecido, nossa empresa foi ( +-)obrigada firmar um acordo de parcelamento para pagar tal diferença de ICMS. Isso não é nem 10% das atrocidades do estado. Embora, na época a empresa com mais de 20 anos, estabelecida na capital, se propondo a produzir os elementos que seriam e foram utilizados durante as obras da copa, nunca conseguiu fechar qualquer negócio em nenhuma obra, visto que pelas operações que hoje vivenciamos, eram todas obras direcionadas e com empresas certas para realiza-las. Digo mais,muitas dessas grandes, que foram recentemente beneficiadas com recuperação judicial, indiretamente prejudicaram e "fecharam" centenas de pequenas empresas que, como eu pensavam em crescer com tais obras. Pura ilusão. Pior, com o passar do tempo, nos próximos governos, procuraram empresas com proprietários idôneos para recuperar o dinheiro vazado do estado e de repente afora aquele parcelamento da máquinqa, a sefaz lançou mais uma cobrança de 30 e poucos mil, já protestada referentes a taxas de incêndio, como de artefatos de cimento. pavers, pisos, blocos, pegassem fogo igual posto de gasolina. mas está lá, a empresa bloqueada por tacin etc e tal...
Lucas | 06/06/2019 12:12:50
A Nhambiquaras é do deputado Eduardo Botelho, porém em nome do irmão e do filho.
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