Política

Terça-Feira, 24 de Junho de 2025, 14h55

SUSERANO

Governador nega que CGE tenha acusado deputados em relatório à PC

Mauro explica que levantamento flagrou sobrepreço

BRENDA CLOSS

Da Redação

 

O governador Mauro Mendes (UB) reafirmou que o relatório da Controladoria Geral do Estado (CGE), no âmbito da Operação Suserano, identificou indícios de sobrepreço em compras de kits agrícolas, mas não fez acusações nominativas a deputados estaduais. Conforme o gestor, a CGE apresentou apenas um parecer técnico auditorial, deixando à Assembleia Legislativa e à Polícia Civil a tarefa de aprofundar possíveis irregularidades 

O governador explicou que ainda não teve acesso ao documento e fez apenas uma reunião com a CGE na segunda-feira (23), e que já encaminhou o relatório completo aos deputados interessados, alguns dos quais confirmaram que “não há nada de acusatório”. “A CGE não fez nenhuma acusação a nenhum deputado. Ela identificou um sobrepreço e apontou aquilo no relatório, mas não entrou no mérito com o nome de nenhum deputado”, destacou Mendes.

Sobre a reação de parlamentares que questionaram o relatório na Assembleia, o governador alertou para a necessidade de assertividade e responsabilidade. “Acho que hoje nós temos que tomar muito cuidado diante de alguns problemas e não ficar falando sem que haja uma assertividade maior e uma objetividade maior daquilo que se diz por aí e daquilo que efetivamente está escrito preto no branco”, reforçou.

A Operação Suserano, desencadeada em setembro de 2024 pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), investiga a compra de kits agrícolas por R$ 28 milhões por parte da Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf). A auditoria da CGE apontou que mais de R$ 10 milhões podem ter sido sobrepreço acima dos valores de mercado 

O vice governador Otaviano Pivetta (Republicanos) foi quem formalizou a denúncia em julho de 2024, motivando a CGE a abrir procedimento e acionar a Polícia Civil. Em reação às suspeitas, deputados da ALMT – entre eles Carlos Avalone, Wilson Santos (PSD), Faissal Calil (Cidadania), Diego Guimarães (Republicanos), Max Russi e Fábio Tardin (PSB) – aprovaram a convocação do controlador geral Paulo Farias Nazareth Neto para prestar esclarecimentos 

Segundo Mendes, o relatório cumpre seu propósito: identificar anomalias, sem atribuir responsabilidade direta. Cabe à Polícia Civil aprofundar e responsabilizar, se houver evidências concretas. O governador também ponderou sobre os limites do processo, ao mencionar sua experiência pessoal com acusações injustas no passado.

“Eu lamento, não gostaria que ninguém passasse por isso. Lá em 2014, quando eu passei por isso, trouxe graves consequências na minha vida, mas graças a Deus eu superei e eu não desejo que ninguém seja acusado injustamente. Agora, eu não tenho elementos para dizer ou entrar no mérito. Não vi o relatório e não tive tempo, [quero] conversar com a própria Polícia Civil, tentar entender alguns detalhes daquilo que está se dizendo nos bastidores”, afirmou.

Ele enfatizou que ainda não teve acesso ao inquérito policial e, por isso, não dispõe de elementos para avaliar a investigação da Deccor. Mendes afirmou que buscará esclarecer possíveis desdobramentos com a Polícia Civil nos bastidores para ver se se trata de fato de irregularidades ou de especulações. 

Comentários (2)

  • Cessna402B |  24/06/2025 18:06:53

    Esse secretário da CGE Paulo,está fazendo um papel covarde de denúncias de alguns órgãos do governo que não tem os números corretos,a saúde e a OI? Kd?

  • Lud  |  24/06/2025 16:04:24

    A CGE tem que dizer para a população cuiabana e mato-grossense onde está os 308 milhões da OI . E investigar essa porcentagem dos consignados dos funcionários públicos que vai para o governo MM.

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