Sexta-Feira, 03 de Julho de 2020, 13h26
PAVIMENTAÇÃO DE BAIRROS
Justiça bloqueia R$ 602 mil de ex-prefeito por asfalto "casca de ovo" em MT
Obra de má qualidade foi paga integralmente por Percival Muniz
Da Redação
A Justiça acolheu pedido liminar efetuado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e determinou a indisponibilidade de bens do ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Santos Muniz, do engenheiro civil Roberto Carlos Martins Júnior, do empresário Fausto Presotto Bortolini e da construtora Tripolo Ltda, no valor de R$ 602.450,72. A medida busca garantir eventual ressarcimento ao erário, caso os requeridos sejam condenados por ato de improbidade administrativa.
De acordo com a ação civil pública proposta pela 2ª Promotoria de Justiça Cível de Rondonópolis, a administração municipal e a construtora foram responsáveis pelo pagamento e realização de obras de pavimentação asfáltica de péssima qualidade nos bairros Jardim Lageadinho, Jardim das Flores, Jardim Reis, Jardim Progresso e Padre Ezequiel Ramim. Além da pavimentação, foram realizadas obras de drenagem de águas pluviais , sinalização horizontal/vertical e calçadas.
Segundo o MPMT, seis meses após a assinatura do contrato e início dos trabalhos de pavimentação foi expedido parecer administrativo da Caixa Econômica Federal, evidenciando vários problemas no pavimento que poderiam influenciar na sua vida útil e funcionalidade, tendo em vista o período de chuvas intensas na região. Na ocasião, foi recomendado a adoção de medidas para adequação da obra em caráter de urgência.
“Mesmo diante dos claros e perceptíveis defeitos apresentados no asfalto recém-executado, o engenheiro civil Roberto Carlos Martins Júnior e fiscal do Município em relação ao contrato 210/2015, assinou todas as medições, bem como recebeu a obra, como se a mesma estivesse em perfeito estado de conservação e qualidade”, diz a ação do MPMT.
O ex-prefeito de Rondonópolis, segundo o Ministério Público, também ignorou o seu dever de ofício em atuar sempre na proteção do interesse público e primar pela boa execução do contrato ao autorizar o pagamento integral mesmo com as imperfeições existentes no asfalto.
De acordo com laudo pericial, foram constadas divergências nos quantitativos dos itens relacionados à pavimentação asfáltica e calçadas se comparados aos projetos de engenharia e planilhas orçamentárias. Também foram verificadas que as camadas de sub-base e base dos bairros Jardim das Flores e Jardim Lageadinho não foram executadas de acordo com o contratado. As espessuras médias das camadas de base e sub-base encontradas foram 22,3 cm e 25,61, respectivamente, estando inferiores em relação à espessura de projeto, com desconto da tolerância, que totaliza 27 cm.
O perito constatou ainda a ocorrência de patologias ao longo dos segmentos pavimentados, como afundamentos plásticos, panelas, perda do revestimento, entre outros problemas. “Restou comprovado que os requeridos agiram ilegal e imoralmente, em completo prejuízo ao erário e desatendendo os mais precípuos interesses públicos com a aceitação de uma obra pública de péssima qualidade, razão pela qual devem responder pelas sanções da Lei nº 8429/92, bem como pelo ressarcimento correspondente ao prejuízo econômico concreto por eles patrocinado”, diz a ação do MPMT.
Claudia | 05/07/2020 11:11:49
Está tão na cara que estão usando empresa de fachada já para vencer licitações, manda e desmanda na prefeitura e nas licitações! MP não pega porque não quer
Moisés | 04/07/2020 14:02:46
Tem que inclui os vereadores da época também, pela omissão, participação passiva ou participação ativa na falcatrua, para não dizer outra coisa!!!
Amaral antunes | 03/07/2020 13:01:39
Prefeito e empreiteiro no fuzilamento, inclua mais os fiscais ds obra, todos no no paredao. Chega!!!
Nicinha | 03/07/2020 13:01:28
Essa empresa deveria ser condenada em não poder executar serviços públicos. No entanto conforme o jornal A tribuna de Rondonópolis do dia 03/07/2020, a construtora Tlipolo se sagrou vencedora de três importantes concorrências públicas realizadas pela prefeitura de Rondonópolis na ordem de 50 milhões. Não é atoa que o pai do "dono" da empresa, o Deputado estadual Boninho, dias atrás declarou apoio irrestrito à reeleição do prefeito José Carlos do Pátio! Vai vendo, é desse mesmo povo os pedágios da MT 130, que segundo denúncias eles teriam pago mais de 7 milhões ao ex governador Silval Barbosa quando era governador de MT.
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