Um levantamento feito pelo Folhamax apontou que a vereadora estreante na Câmara Municipal de Cuiabá, Paula Calil (PL), será a presidente da Casa pelos próximos dois anos, vencendo a eleição que será realizada na próxima quarta-feira (1) com 19 votos. O adversário dela, o atual presidente do parlamento, Chico 2000 (PL), terá apenas 7 votos, enquanto um parlamentar pretende se abster da votação.

De acordo com o levantamento, votarão em Paula Calil os vereadores eleitos Samantha Iris (PL), Maysa Leão (Republicanos), Alex Rodrigues (PV), Cezinha Nascimento (UB) Ilde Taques (PSB), Michellly Alencar (UB), Maria Avalone (PSDB), Marcrean Santos (MDB), Tenente Coronel Dias (Cidadania), Dra Mara (Pode), Dilemário Alencar (UB), Rafael Ranalli (PL), Eduardo Magalhães (Republicanos), Sargento Joelson (PSB), Daniel Monteiro (Republicanos), Baixinha Giraldelli (Solidariedade), Katiuscia (PSB) e Mario Nadaf (PV).

Os que votarão em Chico 2000 são os vereadores Adevair Cabral (Solidariedade), Kassio Coelho (Pode), Dídimo Vovô (PSB), Marcus Brito Jr (PV), Jefferson Siqueira (PSD) e Wilson Kero Kero (PMB). O vereador Demilson Nogueira (PP) deverá ser o único a se abster e não votar em nenhum dos dois candidatos.

A chapa de Paula é composta pelas vereadoras Katiuscia Manteli, Maysa Leão, Michelly Alencar e Dra. Mara, e enfrenta a candidatura de Chico 2000, que busca a reeleição. O atual presidente, inclusive, tentou uma manobra para tentar reverter a desvantagem, apresentando através da Mesa Diretora um projeto de resolução que estabelecia os votos secretos nas eleições para composição das futuras Mesas do parlamento da capital.

O texto apresentava alterações ao Artigo 22 do Regimento Interno da Câmara Municipal de Cuiabá, que legisla sobre a eleição para a composição da Mesa Diretora. Atualmente, a escolha para os membros é feita de forma nominal, através de chamada oral, dos parlamentares, em ordem alfabética. A votação secreta prejudicaria a candidatura de Paula Calil, irmã do deputado estadual Faissal Calil (Cidadania).

No entanto, mesmo aprovada, a medida foi suspensa pelo juiz Ângelo Judai Junior, plantonista Cível de Cuiabá, que acatou pedido de liminar do Jhonatan Anfilofev Faria, que apontou que a votação não cumpriu o Regimento Interno da Câmara de Cuiabá, em seu artigo 177. O texto prevê que alterações no próprio dispositivo dependerão do voto favorável de dois terços dos membros do parlamento municipal. Nesta sexta, a Casa aprovou, por 14 votos a 9, o projeto de resolução.

Na decisão, o magistrado apontou que a Câmara Municipal de Cuiabá conta atualmente com 25 vereadores, número esse que passará a ser 27, em janeiro de 2025. Logo dois terços da Casa, hoje, representa o quantitativo de 17 vereadores, ao passo que a aprovação do projeto de resolução em discussão ocorreu com apenas com 14 votos a favor.

O magistrado chamou atenção ainda ao fato de que o projeto de resolução foi colocado em pauta no último dia 23 e aprovado nesta sexta, sem que se extraia a urgência verificada para tanto. O juiz destacou que, ainda que a votação para eleição da Mesa Diretora ocorra no dia 1º de janeiro de 2025, houve tempo hábil suficiente para que a questão fosse tratada durante o ano, sem a necessária de urgência.