Sexta-Feira, 24 de Maio de 2019, 11h22
CASCA DE OVO
MPE investiga empresas por usar materiais de baixa qualidade em rodovias de MT
Mauro Zaque cobra ainda medidas de fiscalização da Sinfra
DIEGO FREDERICI
Da Redação
O Ministério Público do Estado (MP-MT) instaurou um inquérito civil para investigar a “qualidade” das rodovias estaduais. O órgão suspeita que requisitos exigidos pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT) nas obras de construção e pavimentação asfáltica, além da falta de fiscalização da pasta em projetos que deveriam estar concluídos, podem estar prejudicando os usuários das estradas de Mato Grosso.
A portaria que instaurou o inquérito foi assinada pelo promotor de Justiça Mauro Zaque de Jesus no dia 2 de maio deste ano. O membro do MP-MT apontou que a Sinfra-MT tem evitado informar as medidas necessárias para promover os reparos nas obras das empresas. “A Sinfra-Secretaria de Estado de Infraestrutura em diversas vezes têm se furtado de informar quais medidas por ventura foram adotadas no âmbito daquela Secretaria, a fim de se promover os necessários reparos nas obras sendo apontadas pelas empresas/construtoras falhas no projeto e na concepção/metodologia/modelagem utilizada pela Sinfra e não consideração de variáveis importantes para a implementação da pavimentação asfáltica nas diversas regiões do Estado”, diz trecho do inquérito.
Na avalição de Mauro Zaque de Jesus, a Sinfra-MT deve realizar “avaliações periódicas” sobre a qualidade das estradas que ligam os municípios mato-grossenses. O controle sobre a integridade das rodovias, conforme explica o promotor de Justiça, deve ser realizado no mínimo a cada doze meses.
Ele cita qye as obras têm garantia de cinco anos. “Considerando que a Sinfra deve realizar avaliações periódicas da qualidade das obras, após seu recebimento, no máximo a cada doze meses, permanecendo tal controle até o término do prazo de garantia quinquenal, nos termos da Orientação Técnica OT-IBR 003/2011, editada pelo Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (Ibraop), que estabelece parâmetros para o monitoramento da qualidade das obras públicas durante o seu período de garantia, bem como para acionamento dos responsáveis pela reparação dos defeitos”, explica Zaque.
Outro questionamento feito pelo promotor de Justiça é a utilização da técnica de pavimentação asfáltica conhecida como “Tratamento Superficial Duplo” (TSD), analisando que nesse tipo de obra é “comum” a ocorrência de “patologias” (defeitos). “É muito comum que patologias como trincas de bordo ou borrachudos venham a surgir por ser o TSD- Tratamento Superficial Duplo muito vulnerável à infiltrações de água por se muito poroso. E com o passar de um ano, devem ser feitas recuperações periódicas até o término de sua vida útil”, esclareceu o promotor de Justiça.
Mauro Zaque de Jesus determinou que o secretário da Sinfra-MT, Marcelo Oliveira, informe em 15 dias o “sistema de custos” adotado pela pasta nas obras de manutenção rodoviária e pavimentação asfáltica, a composição de preços – incluindo insumos e mão de obra -, a comprovação, por meio de documentos, das atualizações da tabela de referência de preços de serviços, além da existência, ou não, de um plano de reavaliação dos trechos das rodovias que utilizam o TSD. O promotor de Justiça também enviou os mesmos questionamentos ao Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de Mato Grosso (Sincop).
Henrique Dias | 24/05/2019 18:06:11
Asfalto duradouro com 5 anos de garantia usando TSD. Só em MT mesmo. Não vai durar nunca e o governo sabe disso.
edmalvadeza | 24/05/2019 16:04:10
O TSD é um revestimento provisório, e como o próprio nome diz "Tratamento" Superficial Duplo, ele necessita da aplicação de um revestimento definitivo em 2 anos, ou menos dependendo do trem tipo e condições de trafego do pavimento. A verdade é que não aguenta mesmo, a Pavimentação no Estado de Mato Grosso virou um lixo desde que colocaram o Maggi no governo, inclusive esse "marco" negativo esta ligado à falta de aterro nas rodovias. O termo "Greide Colado" foi instituÃdo em todo território do estado independente do tipo de rodovia, totalmente contra as técnicas e conhecimentos de engenharia de praxe. A idéia é a de baixar custos, pra quê camada de aterro se na fazenda do Blairo as carretas andam de boa sem... Graças à visão politica, a técnica ficou para trás, pois o custo maior que era a execução dos aterros para subir o nivel do asfalto para longe da água foi cortado. Com isso eles puderam fazer mais km de rodovia, ou seja, sem qualidade e sem aterro se fazem mais km. Tiro no pé, como diria meu avô, isso fora a falta de projetos corretos de drenagem e o correto escoamento das águas que acabam por produzir assoreamentos nas nascentes e rios. O custo do km do asfalto não pode ser baixado desta forma, sem técnica, apenas no grito.. Enquanto tivermos os mandos polÃticos gritando mais forte que a técnica prevalecerão essas anomalias... O MP está cobrando uma ação técnica em cima de um ato politico, nunca terão uma solução, e mais, exigir que um TSD dure pelo menos 5 anos é uma piada de mal gosto cujos custos são todos retirados do bolso dos cidadãos. Quer fazer corretamente? coloquem engenheiros para gerir e não advogados...
CHIRRÃO | 24/05/2019 15:03:49
TODA REGIÃO DE TANGARÃ, BARRA DO BUGRES, NOVA OLIMPIA, DENISE, ARENAPOLIS,NORTELANDIA, ALTO PARAGUAI...SÓ TA ÔCO..SOCORRO!!! SÓ ASFALTO DE PÉSSIMA QUALIDADE..E A CUSTO ALTÃSSIMO.. NINGUÉM FISCALIZA.
JUNO | 24/05/2019 13:01:23
A MT 320 ESTà NO PACOTE, OU NÃO IMPORTA A FORTUNA GASTA NA GESTÃO PEDRO TAQUES, PARA REFAZER O ASFALTO DE DEPOIS PRIVATIZAR?
LÃder Comunitário Várzea grande | 24/05/2019 11:11:56
MPE si é que Fiscaliza mesmo Teria que Vinr no (((∆PARQUE BERNECK Jd Paula 1 VG))) ver Obra e o asfalto Kkkkkk kkkkkk kkkkkk kkkkkk kkkkkk
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