Terça-Feira, 13 de Maio de 2025, 22h09
POÇO SEM FUNDO
PC flagra saques de R$ 2,2 milhões em dinheiro por empresas em MT
Policiais agora rastreiam destino do dinheiro
BRENDA CLOSS
Da Redação
A investigação que originou a Operação Poço sem Fundo, conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), revela um sofisticado esquema de desvio de recursos públicos por meio de contratos da Companhia Matogrossense de Mineração (Metamat), com indícios robustos de lavagem de dinheiro e saques milionários em espécie. Segundo consta na representação criminal apresentada à Justiça, foram identificadas operações bancárias atípicas e de alto valor, envolvendo diretamente empresas contratadas pela Metamat, com retiradas em espécie de bancos que ultrapassam R$ 2,2 milhões.
Um dos casos é o da empresa Tecnopoços Perfurações de Poços Artesianos Ltda, que, segundo o relatório da CGE-MT, recebeu valores superfaturados no contrato 09/2022, gerando prejuízo superior a R$ 3,6 milhões. O relatório aponta que Willian Gomes Beatriz, sócio da empresa, realizou 12 saques em espécie entre 2022 e 2023, totalizando R$ 1,7 milhão.
“Os indícios de lavagem de dinheiro no âmbito de atuação da empresa no período estão consignados. Destaca-se, dentre as operações suspeitas, a realização, por Willian Gomes Beatriz, de 12 saques de altos valores em espécie da conta bancária da empresa Tecnopoços, que totalizaram R$ 1.785.000,00”, aponta o documento assinado pela juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).
Outro nome citado nas apurações é Jobar Oliveira Rodrigues, ligado à empresa Uniko Engenharia, também contratada pela Metamat. De acordo com os registros bancários, ele teria realizado seis saques em espécie que somaram R$ 506.150,00, sem qualquer justificativa contábil compatível com a execução contratual.
Ainda conforme os investigadores, as movimentações bancárias investigadas incluem relações suspeitas entre a FR Engenharia, também contratada, e a empresa GFA Engenharia e Consultoria Ltda, de propriedade de Gonçalo Ferreira Almeida, que ocupou o cargo de diretor administrativo-financeiro da Metamat, em possível configuração de conflito de interesses e triangulação financeira. “Destaca-se, dentre as vastas operações atípicas detectadas pelo COAF no período, a manutenção de relacionamento financeiro suspeito entre a FR Engenharia e a empresa GFA Engenharia e Consultoria, pertencente a Gonçalo Ferreira de Almeida, ex-diretor Administrativo-Financeiro da Metamat”, diz trecho.
A operação "Poço Sem Fundo", foi deflagrada na última quinta-feira (8) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para desarticular um esquema de desvios de R$ 22 milhões dos cofres públicos. As investigações foram iniciadas após uma denúncia feita pelo Governo de Mato Grosso e resultaram na identificação de um grupo atuando na Metamat desde o ano de 2020, que fraudava a execução de contratos para a perfuração de poços artesianos.
As diligências começaram após a Deccor ser acionada e informada das auditorias realizadas pela Controladoria Geral do Estado, que apontaram um prejuízo de pelo menos R$ 22 milhões devido a desvios de valores. Em 2024, o Governo de Mato Grosso decidiu pela extinção da Companhia Mato-grossense de Mineração. As atribuições da pasta serão transferidas para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec)
joana | 14/05/2025 08:08:41
E os(as) comissionado(as) que o Gonçalo deixou na METAMAT? tem comissionada até na diretoria e ninguém fala nada???
cuiabano | 14/05/2025 07:07:17
Desde de quando trabalhar com dinheiro vivo é crime? Nosso presidente comprou 51 imóveis com dinheiro e não deu nada, os filhos compram mansões em dinheiro (vindo de uma loja de chocolate kkk), e ta tudo normal!!!!
Julio Cesar | 14/05/2025 06:06:29
vixi... deve ter muito mais funcionários envolvidos. Essa Metamat só tem rolo e os comissionados sempre esbanjando e ostentando. MPE pode investigar que tem muito mais coisa, essa operação que ocorreu é só o começo de outras que vai ocorrer.
Octavio Augusto Regis de Oliveira | 14/05/2025 05:05:12
SE INVESTIGAR UM POUCO MAIS SEM INTERFERÊNCIA CHEGA NOS GARIMPOS, E O MAIS AGRAVANTE , TODO MAQUINÃRIO, COMBUSTÃVEL E DO GOVERNO FEDERAL DIGA SE FUNASA , E SÓ PEDIR AJUDA PRA PF
Octavio Augusto Regis de Oliveira | 13/05/2025 23:11:07
ALÔ MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGAÇÃO CHEGANDO NOS GARIMPOS , MAQUINÃRIOS DO GOVERNO FEDERAL MAIS PRECISAMANTE FUNASA , SE APROFUNDAR A INVESTIGAÇÃO CHEGA LA
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