Segunda-Feira, 14 de Junho de 2021, 18h51
MEDICAMENTOS SUPERFATURADOS
PC revela que ex-secretário liderava esquema e tinha apoio de adjuntos; veja organograma
Luiz Antônio Possas de Carvalho foi afastado na 1ª fase da Operação Overpriced
Da Redação
O ex-secretário de saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, seria o “líder” de uma organização criminosa, que agia na prefeitura da Capital, e que teria superfaturado em até 90% a compra de medicamentos. Possas foi alvo da primeira fase da operação, em outubro do ano passado, quando acabou afastado da pasta.
Segundo investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), da Polícia Judiciária Civil (PJC), Possas estaria por trás do esquema de superfaturamento que teria causado um prejuízo de pelo menos R$ 2,1 milhões nos cofres da prefeitura. Na última semana, o órgão deflagrou a segunda fase da operação “Overpriced”, que apura as supostas irregularidades.
De acordo com a Deccor, pelo menos três aquisições realizadas pela secretaria municipal de saúde – junto às empresas V.P. Medicamentos, Inovamed e MT Pharmacy -, são suspeitas de direcionamento e superfaturamento. Os negócios ocorreram em junho de 2020, época em que Luiz Antônio Possas de Carvalho ainda comandava a pasta.
“As circunstâncias similares das aquisições, ou seja, aquisições realizadas em datas próximas, 22.06.2020, 23.06.2020 e 28.06.2020, com suspeita de excesso de demanda e sobrepreço, denotariam a atuação dolosa do agente”, diz trecho do despacho que autorizou a deflagração da segunda fase da operação “Overpriced”, assinado pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes.
ADJUNTOS NO ESQUEMA
A juíza Ana Cristina Silva Mendes determinou o bloqueio de R$ 2,1 milhões dos envolvidos no suposto esquema – que além de Luiz Antônio Possas de Carvalho, também envolveriam os ex-secretários adjuntos de saúde João Henrique Paiva (Gestão), Milton Correa da Costa Neto (Planejamento e Operações), Luiz Gustavo Raboni (Assistência em Saúde), bem como a servidora Helen Cristina da Silva, que atuava na cotação de preços das empresas interessadas no negócio.
Segundo a Deccor, Milton Correa da Costa Neto assinou as solicitações de compras de remédios, além de ter “superdimensionado” as aquisições. Luiz Raboni, por sua vez, foi o responsável pelos formulários de solicitação das compras. A servidora Hellen Cristina da Silva atuou, de acordo com as investigações, nos “mapas de apuração de preços nos procedimentos de compra” das empresas fornecedoras - V.P. Medicamentos e MT Pharmacy.
João Henrique Paiva, ainda, foi apontado pela PJC como “conhecedor” de todo o esquema.
OVERPRICED
A primeira fase da operação “Overpriced”, deflagrada em outubro de 2020, apontou que duas dispensas de licitações na secretaria municipal de saúde de Cuiabá para aquisição do medicamento Ivermectina continham um sobrepreço de mais de 459%. Investigações revelam que a Capital adquiriu o fármaco, no mês de junho, por um valor de R$ 2,59, e, em julho, por 11,90.
As investigações são realizadas, em conjunto, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), 18ª Promotoria de Justiça Criminal, e Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). As instituições integram a Força-Tarefa criada para acompanhar eventuais desvios ocorridos em licitações relacionadas à pandemia ocasionada pela Covid-19.
Além do afastamento cautelar do então secretário Luiz Antônio Possas de Carvalho, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram deferidas pela 7ª Vara Criminal da Capital.
A Justiça determinou ainda a indisponibilidade dos bens dos investigados na ordem de R$ 715.500,00, valor equivalente ao sobrepreço identificado. Um comparativo com outras prefeituras de Mato Grosso apontou que o preço médio do produto no estado ficou em torno de R$ 2,32, enquanto a cotação da Prefeitura de Cuiabá, na dispensa questionada, se deu pelo valor de R$ 11,90.
Os fatos vieram à tona após denúncia protocolada na Delegacia Especializada em Combate à Corrupção. Localizada no estado do Paraná, a empresa contratada pelo Município de Cuiabá para fornecimento do medicamento também foi alvo de buscas. O valor do contrato atinge a cifra de R$ 1,9 milhão, verba que foi disponibilizada por meio de duas emendas impositivas da Câmara Municipal de Cuiabá/MT.
Pedra 90 | 15/06/2021 09:09:47
Linha de frente da onde ?? Enfermeira/o, médicos de UPA/Postos de saude esses sim são linha de frente...esses são os verdadeiros heróis. Até qdo esses defensores do indefensável vão acordar!!??
Djuca | 15/06/2021 08:08:49
O cara que rouba dinheiro da saúde mata pessoas indistintamente, idosos, crianças, etc. Deveria ser condenado a morte.
Eleitor | 15/06/2021 07:07:53
O que que tá faltando pra prender esse Vagabundo..??
BOTELHO PINTO | 15/06/2021 01:01:46
COMO TEM BABACA QUE DEFENDE O MANÉ PALETÓ.NÃO É INOCENTE NÃO É SIM CONIVENTE. E ACHA QUE TUDO É PERSEGUIÇÃO A GESTÃO DESSE BOBO DA CORTE QUE HOJE TEM PRÓXIMO DE MEIO BILHÃO DE REAIS, E OS BABACAS DEFENDENDO O MANÉ. E ESSE JORNALECO TAMBÉM QUANDO VOCÊ ESTà DIGITANDO FICA MUDANDO O CURSOR. O MANÉ PALETÓ Tà ENCHENDO O BOLSO DE DINHEIRO ROUBADO DO POBRE POVO BRASILEIRO. TRISTE REALIDADE
Deus proveras | 15/06/2021 00:12:48
Vcs não tem ideia do quanto está prejudicando a população afastando injustamente as pessoas que largaram suas famÃlias para estar enfrentando a pandemia que ninguém conhecia e nem sabia o que iria acontecer. Vale apena a juÃza verificar bem isso pois na época ninguém queria topar essa empreitada de encarar essa pandemia e eles foram heróis e não bandidos como estão pintando ! Deus é justo e irá por a sua mão para mostrar que esses meninos foram heróis , deveriam estar recebendo medalhas e não isso que a polÃtica está fazendo com eles.
Octávio Augusto Regis de oliveira | 14/06/2021 23:11:07
O MENTES. AGORA USA a PC PARA PREJUDICAR QUEM TRABALHA e PRODUZ, FORA MENTES ,SEU REINADO DE MERDA.ESTA ACABANDO, o POVO MATOGROSSENSE IRA TE EXPULSAR da VIDA PUBLICA, CANALHA , LADRAO
Servidor da saúde | 14/06/2021 22:10:02
Briga polÃtica entre governo e municÃpio está prejudicando pessoas q colocaram suas vidas em risco em plena pandemia quando não havia vacina e ninguém sabia qual seria o tratamento e se dedicaram para salvar o máximo de vidas possÃveis , pelo valor dos medicamentos não há superfaturamento e foi comprado para ajudar salvar vidas ! Agora quem se arriscou para dedicar a salvar vidas está com a sua vida e carreira sendo prejudicada ! Sinceramente quem acompanhou a trajetória desses servidores q trabalhavam dia e noite em busca de soluções sabe q isso é totalmente injusto.
Ggm | 14/06/2021 20:08:26
Cadeia neles e devolução do dinheiro publico.
Degas | 14/06/2021 19:07:20
E agora,Paletó??!!!Não sabia de nada como o pinguço de 9 dedos dizia?Tb é da sua inteira confiança?? Governo podre!!!
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