O prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson (UB), foi declarado como novo titular da cadeira que era ocupada pelo deputado federal Neri Geller (PP), cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta semana, por abuso de poder econômico nas eleições de 2018. No entanto, quem deve assumir na prática o posto de deputado federal é o ex-secretário de Estado de Educação, Marco Marrafon (Cidadania). 

Geller foi cassada pelo TSE em decisão unânime, que acolheu o recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE). Ele foi condenado por abuso de poder econômico nas eleições de 2018, por supostamente ter utilizado a conta bancária de seu filho para fazer doações a outros candidatos de sua coligação e sem prestar contas dessas doações. 

A expectativa era de que Gisela Simona assumisse a vaga deixada por Neri. No entanto, com a recontagem dos votos, a coligação que era formada pelos partidos PRB/PP/PTB/PT/PMN/PODE/PROS/PR perdeu uma cadeira, que passou a ser ocupada pelo grupo político formado por PSDB/PPS/PSB/SOLIDARIEDADE.

Com isso, a vaga passou a ser de Vander Masson, que se elegeu prefeito de Tangará da Serra nas eleições de 2020, o que na prática, fará com que a cadeira seja assumida pelo primeiro suplente, Marco Marrafon, ex-chefe da Seduc na gestão do ex-governador Pedro Taques, já que o gestor municipal trocou de partido (PSDB pelo UB), o que poderia ser caracterizado como infidelidade partidária.

A totalização agora será levada ao plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) para ser homologada, o que deve acontecer na terça-feira (30). Posteriormente, o Tribunal Superior Eleitoral será comunicado e notificará a Câmara dos Deputados da alteração, que convocará o substituto. Marrafon teve 27.022, apenas 22 votos atrás de Vander Masson, que teve 27.044 eleitores no último pleito. O ex-secretário esteve presente na recontagem e comentou o que pretende fazer nos cinco meses em que estará no cargo.

“São apenas cinco meses de mandato, que serão levados com muita seriedade. Temos grandes desafios para tratar, como o orçamento público em um ano muito desafiador, que será 2023. Este resto de mandato será muito importante para que a gente possa apresentar pautas como a da educação integral, além de aumentar verbas para a saúde mental, por exemplo”, afirmou Marrafon.