O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) afirmou, em entrevista à Rádio CBN Cuiabá nesta quarta-feira (14), que irá reajustar a localização dos radares nas ruas e avenidas da cidade além de prometer que irá fazer de tudo para romper o contrato com a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo da capital. 

“Radar a gente quer mudar a forma. A gente quer um marcador de velocidade, qual foi a velocidade que você passou, identifique tudo isso, e que ele só exista em locais que comprometam, de fato, a segurança do motorista ou do pedestre. Tem radares em alguns lugares que a gente entende que é quase um caça-níquel. Tem que remodelar isso”, afirmou. 

Dar um fim nos radares também era uma das propostas de seu secretário de Serviços Urbanos Reginaldo Teixeira, quando se lançou como candidato ao Alencastro pelo partido Novo. Sem chances de vencer, decidiu apoiar Brunini e indicou a vice dele, Coronel Vânia Rosa (Novo). O prefeito pediu paciência e destacou que o projeto ainda está em fase de estudos. “Em quinze dias ainda não deu para fazer isso, calma aí. A gente tem que fazer os levantamentos, estudos. Daqui a pouco a gente apresenta uma solução”, garantiu. 

Sobre o estacionamento rotativo, Abilio denunciou os altos custos que a prefeitura arca com o contrato atual. O sistema foi implementado em novembro de 2023, começou a cobrar dos motoristas em fevereiro de 2024. A iniciativa, segundo a gestão anterior, era de que o Consórcio CS Mobi auxiliaria na revitalização da região central, algo que não ocorreu. 

“Vocês sabiam que a Prefeitura paga por isso? A gente paga R$ 650 mil por mês. O contrato do ano passado era esse valor e, se as pessoas não estacionam, a prefeitura paga. Ou seja, a empresa ganha de todo o jeito. Agora sobe para R$ 950 mil. Eles entraram com uma ação para receber R$ 9 milhões referentes ao ano passado da Prefeitura. Isso pra eles repassarem e ficar cobrando a população. Isso está errado e vamos trabalhar para romper esse contrato”, explicou.

O contrato entre a Prefeitura de Cuiabá e a empresa foi firmado para vigorar por 30 anos. Entretanto Brunini afirmou que fará de tudo para rompê-lo. Segundo ele, o contrato apresenta irregularidades graves, como a vinculação ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

“Esse contrato tem uma irregularidade grave que é ser vinculado ao repasse do FPM, o fundo que a prefeitura recebe do governo federal. Eles podem pedir inclusive o bloqueio de parte desse fundo. Isso tem um rito para ser aprovado e não foi. Agora estamos estudando para romper e vamos sentar e falar que acabou a ingerência aqui. Agora tem prefeito”, concluiu.