O prefeito de Sinop (478 km de Cuiabá), Roberto Dorner, acaba de deixar o Republicanos e se filiou ao Partido Liberal (PL), em Brasília, nesta quarta-feira (20). O anúncio foi feito em suas redes sociais ao lado do presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto.

Com isso, as eventuais pré-candidaturas de Rosana Martinelli, Mirtes Grotta e Dalton Martini foram "escanteadas" pelo bolsonaristas. De acordo com ele, o pedido de filiação do atual gestor foi feito pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Estou aqui recebendo Roberto Dorner por determinação do nosso presidente Jair Bolsonaro. Estamos juntos para a eleição. Queremos que o PL continue crescendo em Mato Grosso. Sinop é prioridade para nós", afirmou o presidente. 

O partido agora possui, além de Dorner que busca a reeleição, outros três pré-candidatos, sendo a ex-prefeita e suplente de senador, Rosana Martinelli, o vice-prefeito, Dalton Martini (que  anunciou que rompimento com o gestor) e a empresária Mirtes EniLeitzke Grotta. Em janeiro deste ano, Martinelli, que é presidente municipal do partido no município, rechaçou a ida de Dorner  à sigla e declarou que os liberais fariam oposição a atual gestão.

Rosana Martinelli é a segunda suplente do senador Wellington Fagundes (PL) e já foi prefeita de Sinop, Capital do Nortão conhecida por ser celeiro do agronegócio e "berço do bolsonarismo". Apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, ela é investigada por ter participado e financiado atos golpistas em 2022 e chegou a ter contas bancárias bloqueadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Assim com ela, Dorner também se considera apoiador de Jair Bolsonaro. Atualmente ele enfrenta problemas na gestão principalmente na Pasta da Saúde, investigada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), por desvios de mais de R$ 87 milhões.

À época, o vice-prefeito, Dalton Martini, anunciou que rompimento com o gestor. Mirtes Grotta, por sua vez, havia dito em suas redes sociais, na semana passada, que caso o atual gestor migrasse para o PL, buscaria outra legenda para viabilizar sua pré-candidatura.