Presidente da Câmara de Várzea Grande, o vereador Waldir Bento (PMDB) tratou de desmentir os boatos de que a reforma no prédio do Legislativo custaria quase R$ 12 milhões aos cofres públicos. Segundo ele, o custo da obra ainda não está fechado. 

O peemedebista afirma que a própria construção da atual sede não custaria mais que R$ 1 milhão, sendo assim, a reforma que pretende ampliá-la também não deve atingir um valor tão elevado. A previsão é que sejam construídos apenas mais sete gabinetes para acomodar os vereadores que não têm salas próprias. 

A reforma deve ser feita em parceria entre a Câmara e a prefeitura. Conforme Waldir, a licitação da obra ficará por conta do Legislativo, enquanto o Executivo deve entrar com o recurso. O prefeito Walace Guimarães (PMDB) já teria manifestado que bancaria a obra. 

A medida, no entanto, pode fazer com que a prefeitura ultrapasse o valor aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de repasses ao Legislativo durante 2014, o que pode render problemas na prestação de contas ao final do exercício financeiro. 

Atualmente o duodécimo da Câmara de Várzea Grande é de R$ 1,023 milhão por mês, o que representa pouco mais de R$ 12 milhões ao longo do ano. 

O valor já é insuficiente para manter os gastos do dia a dia do Legislativo. Em fevereiro, Waldir admitiu que a Casa passa por uma crise financeira devido aos compromissos firmados em gestões anteriores e que não foram honrados. 

NOVOS VEREADORES

A adequação do prédio da Câmara de Várzea Grande é necessária devido ao acréscimo de parlamentares em relação à Legislatura anterior. Na eleição de 2012, foram eleitos sete vereadores a mais do que na de 2008. 

Hoje, parte desses parlamentares usa a verba indenizatória para cobrir os gastos com o aluguel de salas para conseguirem atender a população e executar outros trabalhos da função. 

Alguns deles conseguiram acordos para dividir com colegas os gabinetes que existem no prédio da Câmara. 

Para solucionar provisoriamente este problema, antes da reforma definitiva, a mesa diretora do Legislativo avalia alugar um prédio para onde seria levados os setores administrativos da Casa de Leis.