Embora tenha sido anunciada a desistência de implantar pedágios na MT-251, estrada que liga Cuiabá aos municípios de Chapada dos Guimarães e Campo Verde, o governo do Estado planeja até o final deste ano entregar a iniciativa privada outros 7 trechos de rodovias. Conforme o secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, os trechos que deverão ser repassados a iniciativa privada são de Cuiabá a Rosário Oeste via Distrito da Guia e Acorizal, trecho que deverá ser duplicado através de recursos de emendas do senador Cidinho Santos (PR),  a MT-010; que interliga Diamantino a São José do Rio Claro; o trecho de Diamantino a Tangará da Serra e a Campo Novo do Parecis passando por Deciolândia, que é a MT-480; a MT-100 em Alto Taquari até Alto Araguaia que deverá ser federalizada e a MT-130 que interliga Primavera do Leste a Paranatinga. 

“Temos um plano de privatização. O Estado tem 30 mil quilômetros de estradas e não vai privatizar mais que mil quilômetros. Essas privatizações vão proporcionar melhorias e qualidade de vida para os usuários, é um caminho sem volta, adotado pelo Brasil e por outros países”, afirma Nadaf.

Com a entrega de trechos de rodovias a iniciativa privada, as empresas responsáveis pela cobrança do pedágio deverão investir anualmente na manutenção das rodovias mantendo sempre qualidade no asfalto. “O Estado não tem dinheiro em caixa para manter asfalto com qualidade em todo Mato Grosso. Por isso, aposta em uma nova alternativa”, ressalta Nadaf.

Para investir em estradas, o governo do Estado tem os recursos do FETHAB (Fundo Estadual de Transporte e Habitação) que tem arrecadação média de R$ 800 milhões anuais. No entanto, a partir de 2015, conforme projeto aprovado pela Assembleia Legislativa, a arrecadação será dividida em 50% com os municípios.

O Estado ainda contraiu empréstimo de R$ 1,1 bilhão com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para interligar 44 municípios com pavimentação asfáltica pelo programa MT Integrado.