Segunda-Feira, 27 de Novembro de 2023, 12h05
FESTA BARRADA
TCE proíbe que empresa receba inscrições de concursos no "caixa" em Cuiabá
Conselheiro alega que dinheiro deve ir para caixa do município
DIEGO FREDRICI
Da Redação
A prefeitura de Cuiabá “não pagou” pela realização de um concurso público realizado na secretaria municipal de saúde em 2022. O Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), banca que realizou o certame, recebeu diretamente em sua conta bancária o valor das inscrições pagas pelos candidatos – fato que, além de ser uma irregularidade, dificulta a fiscalização do dinheiro público.
Uma denúncia recebida pela Ouvidoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT) relata que o concurso público na secretaria municipal de saúde da Capital foi bancado pelos boletos emitidos pelo próprio IBFC. “Os boletos foram emitidos constando como beneficiário o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação - IBFC, e não a Secretaria Municipal de Saúde”, diz trecho da denúncia.
O conselheiro do TCE/MT, Antônio Joaquim, analisou a representação, que pede a formalização dos registros contábeis dos gastos realizados pela empresa para fins, inclusive, de prestação de contas. O membro da Corte de Contas lembrou aos gestores públicos da Capital a finalidade de impedir que os contribuintes repassem valores diretamente a prestadores de serviços de órgãos públicos.
“Os valores correspondentes às taxas de inscrição em concursos públicos devem ser recolhidos ao Banco do Brasil S.A., à conta do Tesouro Nacional, por meio de documento próprio, de acordo com a sistemática de arrecadação das receitas federais no Decreto-lei n.º 1.755, de 31/12/79, e integrar as tomadas ou prestações de contas dos responsáveis ou dirigentes de órgãos da Administração Federal Direta, para exame e julgamento pelo Tribunal de Contas da União”, diz trecho do voto.
Em sua decisão, entretanto, Antônio Joaquim entendeu que não houve prejuízos aos cofres públicos, e apenas “recomendou” que a prefeitura de Cuiabá deixe de realizar esses tipos de repasses diretos. “Apesar de entender que restou configurada a irregularidade, pois o recebimento das inscrições do concurso público foi realizado diretamente na conta da Empresa IBFC, divirjo da unidade técnica e do Ministério Público de Contas quanto a aplicação de multa, pois após análise da documentação acostada nos autos, verifiquei que não há elementos que demonstrem má-fé do gestor público”.
O concurso ofertou 2.162 vagas para os níveis médio e superior. Destas, 221 foram só para médicos. O certame ocorreu pouco antes da intervenção do Governo do Estado na sáude municipal da Capital.
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