Política

Quarta-Feira, 12 de Junho de 2019, 12h50

1 MÊS DEPOIS

TJ manda prefeito que comprou mata-burros reassumir cargo em MT

Juvenal Pereira Brito recebeu salários no período em que ficou fora da prefeitura

WELINGTON SABINO

Da Redação

 

Por decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o prefeito de Pedra Preta, Juvenal Pereira Brito (MDB), foi reconduzido ao cargo, derrubando o afastamento da função determinado pelo próprio Judiciário há um mês. A decisão a favor do gestor foi proferida pela desembargadora Maria Erotides Kneip Baranjak num recurso de agravo de instrumento interposto pela defesa do emedebista. 

Juvenal Brito é acusado pelo Ministério Público Estadual de ter comprado, sem licitação, 20 mata-burros, que são dispositivos de concreto ou aço que impedem a fuga do gado em propriedades rurais, mesmo quando a porteira está aberta. Pela compra irregular, que inclui outros 20 pares de base de apoio de concreto, ele gastou R$ 58,8 mil. O MPE propôs uma ação de improbidade contra o gestor e obteve decisão para afastá-lo do cargo no dia 10 de maio deste ano. 

Enquanto esteve afastado do cargo ele permaneceu recebendo salário normalmente. Nesse período, a Prefeitura de Pedra Preta ficou sob o comando do vice-prefeito Luis Cândido Rodrigues, o Candinho (PSC) que também foi acionado na ação por improbidade acusado de participação na compra irregular. 

A decisão da desembargadora Maria Erotides foi proferida na última segunda-feira (10), mas ainda não está disponível nos autos. O recurso foi impetrado no dia 20 de maio e tramita na Primeira Câmara de Direito Público e Coletivo do Tribunal de Justiça. 

Por sua vez, o prefeito Juvenal Brito já reassumiu sua cadeira na Prefeitura nesta terça-feira (11). 

Na época do afastamento, o juiz Márcio Rogério Martins, da Vara Única de Pedra Preta, também mandou bloquear as contas do gestor, da empresa Elétrica Radiante Materiais Elétricos Ltda e de Sérgio Augusto Vidal Ferreira Beltrão. 

Na Câmara Municipal de Pedra Preta, uma Comissão Parlamentar de Inquérito foi instaurada para cassar o prefeito não obteve êxito, já que o relatório de 500 páginas foi colocado em votação no dia 8 de fevereiro deste ano, mas só teve seis votos pela cassação. Quatro vereadores votaram contra. Na Câmara, são 11 parlamentares sendo necessários oito votos para cassar o mandato do gestor. 

Conforme o Ministério Público, o prefeito Juvenal Brito comprou os materiais sem qualquer formalidade, sem justificar a finalidade ignorando a Lei de Licitações (8.866/93). O vice-prefeito também participou da compra dos mata-burros. Depois, segundo o MPE, o gestor tentou ocultar os dispositivos comprados ilegalmente.

Comentários (1)

  • + Marcelo F |  12/06/2019 14:02:16

    Eu também não gosto dos PETISTAS, mas não precisa exterminar... é só não dar ouvidos aos RELINXOS delles.

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