A agressão sofrida pelo vereador Joao Vitor Anjos (UB) praticada pelo suplente Marcos Barroso (PSB) foi motivada por uma fala do parlamentar na tribuna da Câmara de Nova Brasilândia momentos antes, quando o legislador, sem citar nomes, reclamou que um suplente socialista estaria espalhando vídeos em grupos criticando a Casa de Leis. 

“O União Brasil fez mais de 1.300 votos. A gente foi a chapa mais votada de Nova Brasilândia, que fizemos o prefeito eleito, que está aí trabalhando. Eu acho que tem que ter, às vezes, um pouco mais de respeito de algumas pessoas. Pode ser sim que, às vezes, casse o mandato de alguém da nossa chapa, mas como eu disse, a gente tem voto para permanecer na cadeira”, iniciou João. 

Sem citar nomes ele prosseguiu, chamando de “palhaços” quem divulgou vídeos desrespeitosos dele e de outro colega de parlamento. “Acho que o suplente do PSB tem que ter respeito para essa casa e respeito comigo como vereador. Virou uma palhaçada, ele montou um circo e botou os palhaços para divulgar no status [do WhatsApp]. Vai ficar esperando. Quer ser vereador? Ganha eleição! Não tem voto para tá aqui. Quer entrar na marra? É como eu falo, dou um boi para não entrar numa briga e uma boiada para não sair dele, tem que me respeitar”, disparou.

Por fim, novamente João Vitor cobrou respeito do suplente e de demais vereadores. “Eu sempre falo, concorre a eleição, ganha ela e vem para o pau trabalhar. Porque sentar nessa cadeira não é fácil, não. Mas estar aqui fora descendo o pai é bom, não é? Eu fui eleito pelo povo. Eu tenho muito respeito por ele, mas eu peço que tenha respeito por mim também”, cobrou. 

João Vitor, que é primeiro-secretário da Casa de Leis, denunciou na última segunda-feira (19) ter levado dois tapas no rosto de Marcos Barroso, durante uma reunião com outros parlamentares em uma lanchonete da cidade conhecida como “Barbosinha”. Após a agressão, Barroso, teria fugido do local. João Vitor classificou a ação como "covarde" e disse estar profundamente constrangido com o episódio, ocorrido em público, diante de testemunhas.

Em suas redes sociais João afirmou que já registrou boletim de ocorrência e também protocolou denúncia contra Barroso em outros setores. “Eu fico me perguntando até que ponto vale ocupar um cargo público. O que as pessoas são capazes de fazer para ocupar um cargo público? Depois da agressão de ontem, eu tomei todas as medidas cabíveis. Se não tivesse pessoas naquele local, pode ser que a agressão tivesse sido ainda pior do que foi”, disse.