Cidades Sexta-Feira, 13 de Junho de 2025, 14h:35 | Atualizado:

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CASO RENATO NERY

Ação contra PMs ligados à morte de advogado vai para Justiça Militar

Eles são processados por terem forjado um falso confronto com a arma usada na morte do jurista

Da Redação

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O caso envolvendo a morte do advogado Renato Nery, que tramitava na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, foi redistribuído para a 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar. A decisão, publicada em 12 de junho de 2025 pela juíza Alethea Assunção Santos, atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual (MPE), que apontou um erro no sistema do PJE ao enviar o processo para uma vara comum, quando a competência é da Justiça Militar.

Os réus são os policiais militares Leandro Cardoso, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Wailson Alesandro Medeiros Ramos e Jorge Rodrigo Martins. Eles são acusados de integrar uma organização criminosa dentro da PM, além de crimes como abuso de autoridade, porte ilegal de arma de fogo e falsidade ideológica.

O caso ganhou destaque após a morte de Renato Nery, em 5 de julho de 2024. As investigações revelaram que os PMs faziam parte de um esquema criminoso e teriam agido para ocultar provas. Sete dias depois do crime, os mesmos policiais são acusados de executar Walteir Lima Cabral e tentar matar Pedro Elias Santos Silva e Jhuan Maxmiliano de Oliveira Matsuo Soma, simulando um confronto no Contorno Leste, em Cuiabá.

A perícia mostrou que a arma usada no homicídio de Nery foi a mesma apreendida no suposto tiroteio de 12 de julho. Além disso, as munições encontradas eram da PM. Testemunhas e laudos contradizem a versão dos policiais, já que não havia sinais de tiros nos veículos e as vítimas negaram estar armadas.

Diante das provas, o MPE pediu a prisão preventiva dos acusados, alegando risco à ordem pública e à investigação. O caso agora seguirá na Justiça Militar.

Eles respondem pelos crimes praticados, segundo a denúncia, contra Walteir Lima Cabral (homicídio consumado) e Pedro Elias Santos Silva e Jhuan Maxmiliano de Oliveira Matsuo Soma (tentativas de homicídios).  Os quatro policiais foram denunciados por fraude processual — por alteração da cena do crime para simular um confronto armado — e abuso de autoridade.

O crime ocorreu em 12 de julho de 2024, no Contorno Leste, próximo ao bairro Pedra 90, em Cuiabá. Os militares alegaram confronto armado, mas a investigação revelou que as vítimas estavam desarmadas e que a cena foi manipulada. Segundo a denúncia, Pedro, Walteir e Jhuan haviam roubado um veículo e, durante a perseguição policial, foram atingidos por disparos. Walteir foi perseguido e morto, Pedro foi alvejado no peito e Jhuan conseguiu fugir. A arma utilizada pelos policiais foi apreendida, e a perícia constatou que ela também foi usada no assassinato do advogado Renato Gomes Nery. 

Os policiais foram colocados em liberdade mediante cumprimento das condições como apresentação de relatório trimestral das atividades laborais, com escalas de serviço, proibição de manter contato com vítimas e testemunhas e recolhimento domiciliar noturno, das 20h às 6h, e integral nos dias de folga, exceto por motivo de força maior ou comprovado trabalho. 

 





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Comentários (3)

  • EU VI

    Sexta-Feira, 13 de Junho de 2025, 18h27
  • CRIME COMUM. É Justiça Comum não a especializada.
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  • elias

    Sexta-Feira, 13 de Junho de 2025, 15h47
  • vixe maria, foi pra JM nao vai da em nada vão ficar empunes, eita Brasil
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  • Antônio

    Sexta-Feira, 13 de Junho de 2025, 15h14
  • Quando vai para justiça militar...está igual quando vai por STF..vai dar em nada! Segue o jogo.
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