Cidades Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 15h:59 | Atualizado:

Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 15h:59 | Atualizado:

ASSASSINATO

Advogada reforça inocência do pai e critica deputado de MT

 

Da Redação

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A advogada de defesa e filha do sargento da Polícia Militar, Francisco Martins Pereira, alega que não há qualquer prova que evidencia que seu pai tenha participado diretamente na morte de Valdivino Luiz Pereira, pai do deputado federal Valtenir Pereira (PSB). O pai do parlamentar foi assassinado a tiros, em 1983, no Distrito de São Lourenço, no município de Juscimeira (164 km de Cuiabá).

Segundo a advogada Fernanda Faustino Pereira, seis desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso reconheceram que “não há prova” de que o sargento tenha segurado a vítima para quer fosse executada por Zé Guia. “Não apenas o desembargador Paulo da Cunha, mas também outros cinco desembargadores - Juvenal Pereira, Luiz Ferreira, Marcos Machado, Pedro Sakamoto e Rondon Bassil - reconheceram que não há qualquer prova nos autos do processo movido pelo Ministério Público contra Francisco Martins Pereira capaz de demonstrar que o réu de fato estava segurando a vítima pelos braços para ser executada por Zé Guia”, disse em nota enviada o site FOLHAMAX.

A advogada relatou ainda que o réu era apenas um dos policiais militares que estava no local do tumulto tentando apaziguar os ânimos. Ela relatou ainda que o pai do deputado federal estava armado na confusão.

Fernanda Faustino Pereira ainda destacou que o processo sempre volta a tona por conta da popularidade de Valtenir. Ela ainda criticou o parlamentar por fazer da morte do pai uma “plataforma de campanha”.

Íntegra da nota:

Primeiramente ressalto que não apenas o desembargador Paulo da Cunha, mas também outros cinco desembargadores - Juvenal Pereira, Luiz Ferreira, Marcos Machado, Pedro Sakamoto e Rondon Bassil - reconheceram que não há qualquer prova nos autos do processo movido pelo Ministério Público contra Francisco Martins Pereira capaz de demonstrar que o réu de fato estava segurando a vítima pelos braços para ser executada por Zé Guia.

Ele era apenas um dos policiais militares que estava no local do tumulto tentando apaziguar os ânimos.

Há um erro técnico ao se dizer que o desembargador Paulo da Cunha era relator da Revisão Criminal que anulou a condenação de Francisco pelo Tribunal do Juri. 

O desembargador foi revisor do caso.

O relator, desembargador Gilberto Giraldelli votou pela manutenção da decisão dos jurados por considera-la soberana.

Abrindo a divergência o Des. Paulo da Cunha destacou que o sistema penal brasileiro, na falta de provas, não condena, absolve, mas o que os jurados haviam feito no caso do soldado Francisco Pereira era exatamente o contrário.

Esse entendimento foi seguido e complementado pelas observações dos outros cinco desembargadores que julgaram a revisão criminal. Assim, além do voto do revisor, existem outros cinco votos técnicos no mesmo sentido do proferido por ele.

Foram 27 anos e 4 meses de angústias. Comigo, foram 5 anos de trabalho árduo, aflições, ao contrário da família do deputado que procurou transforar o processo em degrau social. Transformou o caso do assassinato de Valdivino em verdadeira ferramenta de campanha política, apelando para a comoção social e promovendo o slogan de que: o órfão Valtenir Pereira cursou faculdade de Direito para buscar justiça e colocar os assassinos do seu pai na cadeia. 

Eu também fiz Direito para defender um chefe de família, o esteio da minha família. Tendo lido e relido os autos, e conforme demonstrado no julgamento da Revisão Criminal, não foi encontrado sequer um mínimo indício lícito de autoria.

O Ministério Público e o Deputado Federal Valtenir Pereira e sua família apontaram Francisco Martins Pereira como um dos assassinos do falecido Valdevino Luiz Pereira. Foram muitas perseguições. O fato ocorreu em 1983 em São Lourenço de Fatima -MT. Francisco Martins Pereira era soldado da PM à época. O verdadeiro culpado, réu confesso - Zé Guia- foi sentenciado e cumpriu toda a sua pena. O pai do deputado também estava armado, conforme demonstrado na ação penal. O Sargento da PM era somente testemunha do fato até 1990. De la pra ca o MP o denunciou e o incluiu como réu. O Tribunal de Mato Grosso inocentou Francisco Martins Pereira no recurso de Apelação. O Ministério Público e a família do deputado, com instinto de vingança, recorreram para Brasília. O Supremo Tribunal Federal anulou a decisão do TJ reestabelecendo a pena de 12 anos de prisão. Após o transito em julgado, foi protocolada a Revisão Criminal e no dia 07/12/2017 o Tribunal de Mato Grosso novamente fez Justiça e ABSOLVEU Francisco Martins Pereira das acusações, julgando-o INOCENTE. Foram seis votos a um, que resultou na ABSOLVIÇÃO, por não haver nos autos qualquer elemento de prova de participação no crime. 

Meu pai é inocente. Eu fiz Direito por ele. A Justiça se fez por ele, o que o Ministério Público está tentando fazer é restabelecer a injustiça, o que certamente não será chancelado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Fernanda Faustino Pereira.

Advogada.

 





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Comentários (17)

  • ana

    Segunda-Feira, 12 de Fevereiro de 2018, 11h52
  • Isso ai deputado de família de guerreiros justiça neles, crianças e mulher que cresceram para fazer justiça por serem pessoas de bem, essa advogada de porta de cadeia que diz plagiando( a família do deputado) que fez direito pelo papai criminoso, vergonha alheia.
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  • Cear?

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 21h10
  • Passou-se muitos anos para que se fizesse justiça e que fosse entendido que ninguém se colocaria em risco de morte segurando outra pessoa para que fosse morta a tiros.
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  • Joao L?cido

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 12h25
  • Vejo que quando falta argumento, apela-se para influência política (coincidentemente em ano de eleições), mas o direito não se funda em faláceas e troca de favores. Os Tribunais que julgaram este caso fizeram jus ao sentido da palavra jurisdição: disseram o DIREITO. Parabéns à Dra. atuante. demonstrou denoto e amplo conhecimento penalista.
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  • ESTOU DE OLHO

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 10h50
  • ISSO AIIII DRA FERNADA! O PAI DELE ESTAVA ARMADO, ISSO NINGUEM CONTA NE.
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  • PEREIRA

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 10h20
  • Este FRANCISCO MARTINS PEREIRA está condenado em Várzea Grande - Processo nº 7354-39.2013.811.0002; ... Em Jaciara responde ou respondeu por crime de tortura. ... Em 1983 imperava a truculência por boa tarde dos soldados PM, o cara com 19 anos de idade entrou na Polícia, recebeu uma arma e uma farda da Gloriosa, achava que podia tudo. Deu no que deu, agora vai espernear pro resta da vida.
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  • Eleitor consciente

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 09h55
  • Kkkkk eee povo cego! Procurem estudar o Código de Processo Penal antes de falar o que não sabe. Parabéns Doutora pela garra. Que bom que um site deu oportunidade para a senhora, pois para políticos é fácil. Fizeram palanque sim. O verdadeiro culpado ja pagou a sua pena, gosta de dar uma de coitado enganando o povo, mostra a verdade pra nos doutora. Está de parabéns, linda e inteligente. O povo está com você.
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  • Patricia

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 09h23
  • Que Deus venha fortalecer pois se o pai desta advogada não estivesse culpa o nome dele não teria aparecido é fácil querer tirar uma culpa pois acredito que o pai dela está desfrutado de tudo que a vida oferece ela tem um pai pra deseja um feliz aniversário,um feliz dias dos pais e até mesmo senta na noite de Natal numa mesa farta e comemorar agora aonde está o pai do valtenir vou te dizer está morto os filhos do senhor valdevino foi obrigado a viver sem isso sem carinho do pai sem apoio tiveram que se formar em direito pra se fazer ou pelo menos buscar por justiça agora uma advogada que tb está usando o direito é como ela mesmo disse que o valtenir usou dos seus poderes políticos só que vc tb Fernanda está usando isso para se promover. Vamos sim ter mais respeito é respeito pela família que perdeu seu entre querido pq só quem perdeu sabe a dor e a falta que faz agora se o pai desta advogada que tb estou direito não tivesse culpa ela não teria aparecido nos inquéritos.
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  • Cuiabano

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 08h32
  • Nossa......que doutora linda......Charmosa. ....parabens heim
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  • Patr?cia

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 01h43
  • Nesta Revisão Criminal induziram o Tribunal de Justiça de Mato Grosso a Erro Grosseiro . Aguardem e verá que ISSO isso será reformado .. E estabelecido o mandado de prisão..
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  • Flavia Simone

    Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 00h06
  • Marcos 4:22 Pois nada há de oculto que não venha a ser revelado, e nada em segredo que não seja trazido à luz do dia. DR.Valtenir e Dr.Wantuir, sinto muito pela perda do seu pai, e continuem buscando a justiça , e não se entristeçam pelas palavras dessa doutora Fernanda. Quanta frieza e maldade saiu dessas palavras, doeu até em mim. Um absurdo a falta de respeito!
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  • Luiz

    Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 23h30
  • Essa Revisão é um grave erro do Judiciário de Mato Grosso , vez que já transitou em julgado e foi revisado por todas instâncias superiores e como tem errado o nosso TJ !! Será por falta de estudar e debrussar nos processos? .. Outra coisa , quando é cabível revisão? Tem que ser grave erro do judiciário ( ex. pessoa condenada por morte de terceiro , e depois de anos a vítima parece viva) e não apenas um apontamento processual comum , onde a parte esperneia , por não aceitar todas as decisões contrárias dentro do mundo processual. Essa revisão tinha que ser distribuída no STF!!
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  • Heitor Reyes

    Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 22h18
  • Aonde está seu pai hoje ! O pai da família Pereira esta no cemitério , é uma vergonha sua falta de respeito por esta família de vítima de violência. Não misture a política com sua defesa. Respeite a dor desta família.
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  • Ar Mato Grosso

    Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 20h54
  • Fica tranquila advogada, pois esse Valtenir nao engana maia ninguém, ja se queimou por conta própria, pois votou contra ontranalhador ....
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  • Camanho

    Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 20h24
  • Se eu disser que ela é bonita configura assédio?
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  • Marcos

    Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 18h27
  • Parabéns Doutora. Justiça tardou mas não falhou.
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  • JOS? PELINTA CURINGA DA SILVA

    Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 16h54
  • Drª "esse FANFARÃO quer se promover toda [ÉPOCA DE ELEIÇÃO OU NAS VESPERAS} ele mexe nesse ASSUNTO. ????!!!!!!!!!!! DÁ NOJOOOOOOOOOOO DE VER ESSE CARA Deputadozinho que se vendeu o voto TRAIU O ELEITORADO MATOGROSSENSE>. Cria de DILMA + LULA
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  • ronaldo

    Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 16h13
  • em 1983 era fácil esconder provas e testemunhas, principalmente pelo medo dos policiais que existia naquela época.
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