Alunos e professores acolheram novos estudantes durante o primeiro dia de aula nas 39 Escolas Plenas de Mato Grosso. Com dinâmicas, apresentações e atividades para envolver os novatos nas turmas, os jovens quebram o gelo e iniciam o ano letivo de maneira leve e divertida.
O primeiro dia de aula costuma ser sempre um momento de tensão, nervosismo e ansiedade, tanto para alunos quanto professores. As incertezas de um lugar novo junto à expectativa do início de ano letivo muitas vezes atrapalham o envolvimento dos novos estudantes, o que influencia diretamente no aprendizado.
Para mudar esta sensação as Escolas Plenas de Mato Grosso contam com uma metodologia diferenciada. “Nós formamos um grupo de alunos que são chamados de alunos protagonistas. Eles são capacitados a receber os calouros e apresentar toda a metodologia da escola de ensino em tempo integral e incentivar a integração dos meninos”, afirmou Rogério Gomes, coordenador do projeto Escola Plena.
Gabrielly Dias, de 16 anos, se mudou recentemente para Cuiabá e acabou de ingressar na EE Rafael Rueda, para cursar o 2º ano do Ensino Médio. Ela conta que sempre foi tímida e que esses primeiros momentos nas novas escolas sempre a deixavam muito apreensiva. Porém, com poucas horas de casa nova, já tem sentido a diferença.
“Meus pais me matricularam aqui por conta do ensino integral, já pensando no vestibular, mas é muito bom ver que ideias que eu sempre tive para uma escola aqui funcionam tão bem, como o contrato de convivência. A recepção tem sido ótima”, enfatizou.
A jovem protagonista Ângela Maria, de 16 anos, conta que nos dois primeiros dias de aula toda a programação é coordenada pelos próprios estudantes. “Nós sempre debatemos em conjunto as regras do contrato de convivência e depois fazemos todos assinarem para que tomem consciência da importância do papel de cada um aqui na escola”.
Nalberth German, de 17 anos, também é veterano e aluno protagonista, ele disse que como a escola tem alguns processos diferentes de outras unidades, como disciplinas eletivas e o “Projeto de vida”, este acolhimento é essencial para o bom início de ano.
Ele ainda ressaltou que toda essa ação gera um diferencial. “Aqui não tem bullying. Nós nos esforçamos para juntar todo mundo e evitar esse tipo de comportamento”.
Para a coordenadora pedagógica da EE Rafael Rueda, Maria de Fátima, o acolhimento também ajuda os próprios professores. “Eles também utilizam esse espaço para se integrar com os alunos novos e, é claro, é muito melhor dar aula em uma turma que já começa o ano unida”, frisou.