A Prefeitura de Cuiabá não descarta determinar ao Consórcio VLT Cuiabá e Várzea Grande para que faça outro recuo de tapumes e recomposição do canteiro central na avenida Historiador Rubens de Mendonça, onde será implantado o metrô de superfície Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Desta vez, a administração municipal estuda a desobstrução da via no trecho da trincheira Luiz Felipe.
“Ainda nesta semana pretendemos sentar com o Consórcio VLT para discutirmos a situação na trincheira Luiz Felipe”, informou o secretário municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), Antenor Figueiredo.
Além disso, conforme Figueiredo, o projeto de construção da trincheira só será liberado após serem concluídas outras obras como a do Viaduto do Coxipó, já parcialmente entregue pelo Governo do Estado. No mês de fevereiro passado, o Executivo chegou a notificar e autuar o consórcio para fazer a retirada das muretas, no trecho entre o Conselho Regional de Agronomia (Crea) e a sede da Polícia Federal, também na avenida do CPA. Neste local, a via já se encontra desobstruída.
Porém, a cada dia o descontentamento de boa parte da população tem se tornado cada vez mais evidente. Neste último fim de semana, os tapumes amanheceram pichados com críticas feitas às autoridades públicas, especialmente, ao governador Silval Barbosa e ao deputado José Riva.
Entre outras, foram escritas frases como “Cadê o VLT”, “Cuiabá não seja avestruz diga não à corrupção” e “vamos lesar trouxas”, numa referência à abreviatura do VLT.
A decisão da Prefeitura vem sendo tomada uma vez que as obras para o modal não estão sendo executadas e o trânsito no local está seriamente prejudicado. Pelo descumprimento, o Consórcio foi multado em R$ 1 mil por dia.
Vale lembrar que ainda no ano passado a Prefeitura determinou a liberação da avenida Coronel Escolástico, onde as obras para o VLT também estão paradas.
Por meio de uma nota, o Consórcio VLT limitou-se a informar que “encaminhou o cronograma do empreendimento à Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) para análise e aprovação, sendo que informação referente ao assunto deve ser obtida junto ao órgão estadual”.